ULTILIZAÇÃO DAS BOAS PRÁTICAS DE ATUAÇÃO AO PARTO NORMAL NO SERTÃO CENTRAL DO CEARÁ

Terezinha Ribeiro Francalino, Geiciara Costa Ribeiro, Lara Leite de Oliveira

Resumo


O ciclo gravídico-puerperal é um momento único e exclusivo na vida da mulher e sua família, constituído por diversas fases, que refletem nas modificações fisiológicas, biológicas, físicas e psíquicas ocorridas nesse período. O estudo tem como objetivo analisar a utilização as boas práticas realizadas durante a assistência ao parto normal em uma maternidade referência do Sertão Central. Trata-se de um estudo piloto, descritivo, transversal, de natureza quantitativa, exploratório e avaliativo. Foi realizado em uma maternidade referência do Sertão Central no período de janeiro de 2018 a junho de 2018. A população da pesquisa foi formada por puérperas que tiveram parto normal, tendo por referência 1043 partos vaginais ocorridos em 2017, por se tratar de um estudo piloto inicial, realizado em um período determinado, utilizou-se uma amostra de 77 mulheres que atenderam os critérios de inclusão e exclusão. O banco de dados foi compilado para construção, no programa Excel 2013 e apresentado em tabelas. Posteriormente, procede-se a exportação dos dados para o programa Statiscal Packagefor the Social Sciences 24.0 (SPSS), para o cálculo foram utilizadas as frequências absolutas e relativas além do teste estatístico Qui-quadrado, no qual foram apresentados em gráficos e tabelas. Esta pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário Católica de Quixadá- UNICATÓLICA. Foram apresentados nos resultados os dados sócio demográficos e econômicos, 41 (53,3%) possuíam até 24 anos de idade, 46 (59,7%) até 9 anos de estudo, 50 (64,9%) possuíam renda inferior a um salário, 63 (81,8%) tinham companheiro e 46 (59,7%) de cor parda. Sobre a caracterização obstétricas, 39 (50,7%) era multípara, dessas 29 (37,7%) amamentaram seus filhos anteriores, 61 (79,2%) tiveram 6 ou mais consulta pré-natal, 54 (70,1%) possuíam 38 semanas ou mais de gestação na admissão do parto e 61 (79,2%) chegaram com até 5 cm de dilação. Das boas práticas de atenção ao parto, 59 (78,7%) tiveram acompanhante durante o parto, 71 (95,9%) não tiveram o partograma preenchido, 59 (83,1%) não adotaram posição vertical no período expulsivo, 53 (69,7%) não escolheram a posição do parto, 55(72,4%) não receberam líquidos e alimentos, 46 (60,5%) não utilizaram métodos não farmacológicos para alivio da dor, 47 (61,8%) deambularam durante o parto, 63 (84,0%) amamentaram na primeira hora de vida e 70 (92,1%) tiveram contato pele a pele. Diante desse contexto, em relação as boas práticas, concluiu-se que a maioria não tem acesso a essas práticas, onde o partograma não é preenchido completamente, não adotaram posição vertical. Sendo que as boas práticas mais utilizadas foram a livre movimentação no parto, amamentação na primeira hora de vida e contato pele a pele.

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