INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS ENTRE PSICOFÁRMACOS EM UM CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL
Resumo
Os psicofármacos são medicamentos usados no tratamento de doenças mentais, apresentando sua ação no sistema nervoso central, sendo capazes de causar dependência física ou psíquica. Muitas vezes são erroneamente utilizados como atenuantes de sintomas que nem sempre estão associados a alguma doença mental. O estudo tem como objetivo elaborar estratégias e ações educativas direcionadas aos profissionais de saúde, com intuito de racionalizar as prescrições mais frequentes no CAPS de Quixadá. A pesquisa foi do tipo descritiva, documental, exploratório, retrospectiva com abordagem quantitativa. Os dados foram coletados no período de outubro a novembro de 2018, no CAPS de Quixadá. O estudo analisou 63 prontuários de pacientes, com a média de 74 anos de idade e a avaliação dos prontuários mostrou que 29 (46%) idosos fazem uso de mais de 3 classes de psicofármacos distintos. Os psicofármacos mais consumidos foram os antipsicóticos, seguidos pelos ansiolíticos. A análise dos prontuários permitiu a identificação de 35 interações medicamentosas, as quais foram classificadas de acordo com a gravidade da interação em leve (9%), moderada (77%) e grave (14%). Os fármacos mais utilizados foram: Diazepam, Clonazepam, Amitriptilina, Nortriptilina, Risperidona, Haloperidol e a Quetiapina, que também serviram como base para a verificação das interações medicamentosas. Conclui-se que a avaliação das prescrições, o estudo de interações medicamentosas e dos tipos de efeitos provocados pelas mesmas é de utilidade na farmacoterapia em usuários de psicofármacos, uma forma de acrescentar no cuidado terapêutico do paciente com doenças mentais, auxiliando inclusive profissionais, estudantes e/ou mesmo pesquisadores como uma fonte de informação.
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PDFISSN: 2446-6042
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