“EU PRECISO DE TERAPIA” – UM CASO CLÍNICO DE ESTAGNAÇÃO PSICOTERAPÊUTICA

KARINY PATRICIO DO AMARAL, BIANCA PAULINO LOPES, ADLER VIEIRA GONÇALVES DA SILVA, FRANCISCA EVIRLÂNDIA DA SILVA AGOSTINHO, ANDRÉA ALEXANDRE VIDAL

Resumo


Este trabalho trata-se da estagnação psicoterapêutica, tema comum nos consultórios e serviços psicológicos, caracterizada por uma cristalização do processo psicoterapêutico do paciente, que pode acontecer por motivos diversos. O objetivo deste ensaio é investigar possíveis questões inconscientes imbricadas na estagnação psicoterapêutica de um paciente, do sexo masculino, de 23 anos de idade, em atendimento psicoterapêutico no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS II), na cidade de Quixeramobim, Ceará, como cumprimento das disciplinas de Estágios Profissionalizantes I e II do curso de Psicologia do Centro Universitário Católica de Quixadá (Unicatólica). Como método de investigação, a priori, o prontuário do mesmo foi estudado, tendo em vista o repasse da psicóloga. Tendo percebido que a queixa principal se repetia, deu-se continuidade às sessões psicoterapêuticas, assumidas pela terapeuta estagiária a partir de setembro. O sigilo e a ética profissionais foram mantidos, usando um nome fictício para a não identificação do paciente e do caso clínico. Um dos resultados alcançados até o momento, ocorreu a partir da transferência terapêutica, cujo processo se dá de forma inconsciente e, para o caso, servia como círculo vicioso, mantendo o paciente fora do campo da autonomia e responsabilidade próprias do seu processo. A transferência é essencial para a psicoterapia, tendo em vista o vínculo do paciente com a terapeuta estagiária. Assim, se configura como um instrumento de manejo clínico que, pode favorecer positivamente o tratamento do paciente, quando é devidamente trabalhada. O trabalho psicoterapêutico constitui-se por um intermediador e um paciente, no qual o profissional intervém na realidade psíquica do usuário auxiliando para reorganizar esse campo. O registro em prontuário mostrou-se um instrumento eficaz para entendimento do processo terapêutico do paciente. Conclui-se nesse sentido, que a estagnação psicoterapêutica pode acontecer por processos não apenas conscientes, mas inclusive, inconscientes. E, que, é necessário maiores investigações aprofundadas quando tal tema surge no setting psicológico, a fim de trabalhar para a evolução do tratamento do paciente, evitando a estagnação do mesmo.

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ISSN: 2446-6042

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