SEMEANDO AFETOS: LEVANTAMENTO E ANÁLISE SÓCIO ECONOMICO DAS FAMILIAS DE UM CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL NA CIDADE DE MARANGUAPE-CE

Erica Roberta Matos Pereira, Cristiane de Mendonça Rodrigues, Stânia Nágila Vasconcelos Carneiro

Resumo


Essa pesquisa foi realizada pelo o núcleo gestor de um Centro de Educação Infantil na cidade de Maranguape no estado do Ceará. Aplicamos uma entrevista estruturada com as famílias em janeiro de 2021, no período de matrículas e rematrículas das crianças que seriam atendidas no mesmo ano. Com objetivo de realizar uma pesquisa sobre a situação socioeconômica e conhecer como vivem as crianças que são atendidas na instituição e coletar dados sobre o contexto de atividades remotas, e em seguida apresentar o resultado para as docentes. Na semana pedagógica planejamos um plano de ação, que contemplasse as demandas apresentadas, para o trabalho que seria desenvolvido de forma virtual até o retorno presencial, pelo o motivo da Pandemia da Covid-19. Realizamos duzentas e vinte matrículas, mas entrevistamos apenas cento e sessenta famílias. Não conseguimos aplicar o questionário com todos, pois algumas matrículas foram renovadas por pessoas (tios, avós, conhecidos) que não souberam responder as perguntas. Portanto temos uma amostra das informações. A pesquisa quantitativa tem o objetivo de verificar estatisticamente uma hipótese a partir da coleta de dados concretos e quantificáveis, “refere-se a conjuntos de metodologias, envolvendo, eventualmente, diversas referências epistemológicas” (SEVERINO, 2010, p. 119). Para isso, se baseia em questionários e outras formas de entrevista estruturadas para coletar opiniões e informações que serão posteriormente agrupadas e analisadas de maneira estatística. Desta forma, é importante que ela seja aplicada numa amostra representativa para que seus resultados sejam válidos. Das 160 respostas, matriculamos 50,6% e meninas 49,4%, dentre essas 6,6% são crianças diagnosticadas com alguma deficiência. Ao perguntar a cor da criança, a maioria 45,2% se definiu como parda, sobre com quem as crianças moram 56, 3% moram com o pai e a mãe e os demais vivem em estruturas familiares diversas. Durante o dia 51,2% das crianças ficam aos cuidados da mãe e os demais com a avó ou outros e 5% com o pai. O acompanhamento remoto com as crianças ficou na grande maioria, com as mães. Constatamos na pesquisa que algumas das dificuldades na participação estavam relacionadas à falta de internet na casa, um único aparelho celular para atender demanda de todos na casa, a baixa escolaridade das mães, 60,9% não concluíram o ensino médio, ou seja, possuem o fundamental ou são analfabetas. “Dentre as consequências da crise sanitária acirraram-se as desigualdades e, por conseguinte a pobreza” (MACEDO, 2020, p.1405). Na pesquisa detectamos que 33,8% das mães são costureiras, trabalham em casa e recebem até um salário mínimo. Além desses motivos, observamos que as famílias não entendiam as propostas apresentadas pelas professoras, não tinham tempo para ensinar o filho, não sabiam usar o aplicativo de interação entre a escola e famílias, que não tinham paciência ou até mesmo que as crianças precisam estudar de verdade. Essa pesquisa foi apresenta as professoras no início do ano, na semana pedagógica, como forma de auxiliar a olhar para o público que seria atendido e criar estratégias poderiam ser usadas para superar os desafios apresentados.

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ISSN: 2446-6042

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