DE MÃOS DADAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA COM GRUPO DE CONVIVÊNCIA NA ESCOLA

Paula Cristina Passos Santos, Stânia Nágila Vasconcelos Carneiro

Resumo


No retorno das aulas presenciais na rede estadual de ensino do Estado do Amazonas em junho de 2021, primeiro no modelo híbrido e posteriormente em 23 de agosto na modalidade 100% presencial se apresentou na escola uma realidade muito difícil relacionada à saúde mental dos alunos. Os mesmos retornaram às aulas com uma carga emocional muito pesada, muitos perderam de dois a três membros da família. Percebeu-se que vários alunos estavam cabisbaixos, com prejuízos na autoestima, com medo e angústia entre outros. Os problemas acima citados traziam como consequência os conflitos que afetavam o ambiente escolar que refletiam rendimento desses alunos. Ao longo dois dias, diante de tantos conflitos, pensou-se em trabalhar essa questão de forma educativa e não punitiva, tratando não só as consequências, mas as causas desses conflitos. No decorrer de poucos dias foi observado que alguns alunos da escola apresentavam até mesmo crise de ansiedade na qual era necessário chamar a família ou até mesmo procurar ajuda especializada. Foi dessa realidade que surgiu a ideia de desenvolver o projeto intitulado: De mãos dadas. O projeto iniciou com foco principal na campanha Setembro Amarelo na qual se aborda prevenção ao suicídio e ao esclarecimento de doenças mentais. Durante os primeiros dias de setembro a equipe docente da Escola Estadual Senador Antóvila Mourão Vieira encaminhou a pedagoga e a gestora da escola os nomes dos alunos que necessitavam de apoio ou de uma escuta acolhedora. A partir de então, no primeiro momento, foram encaminhados para uma conversa com apoio psicológico da Coordenadoria educação 02. Em seguida foi criado o grupo de apoio com a mediação da pedagoga da escola. O grupo o grupo de alunos se reúne a cada duas semanas. O objetivo dos encontros é socializar a respeito de temática das quais é de interesse dos alunos no momento do encontro, nesse sentido, é possível estreitar e fortalecer os laços afetivos e humanizar a relação entre a escola e alunos, fortalecendo assim os vínculos e criando uma rede de segurança emocional na qual o aluno e a escola se beneficiam, pois, o aluno se torna mais confiante e participativo nas atividades na escola. Já a escola tem a possibilidade de intervir mais rapidamente em situações de conflitos. Como resultado já observado foi possível perceber uma diminuição dos conflitos entre os membros do grupo de convivência bem como nenhum dos alunos apresentou na escola episódio de crise de ansiedade.

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ISSN: 2446-6042

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