ALFABETIZAÇÃO DE CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA/SURDEZ, POSSIBILIDADES E DESAFIOS

Inglid Barros Passos Pereira, Sara de Jesus dos Santos, Jamile Jéssica Reis Oliveira, Stania Nágila Vasconcelos Carneiro

Resumo


O presente trabalho tem como objetivo compreender as estratégias de alfabetização / letramento e metodologias usadas pelos professores que ensinam alunos com deficiência auditiva/surdez, no ensino regular e como essas ferramentas pedagógicas contribuem no processo alfabetização e fortalecimento das suas conquistas sociais. Dentro de suas legalidades, ao ingressar na escola preferencialmente no ensino regular precisa ter como mecanismo de aprendizagem alfabética a ajuda/apoio do professor, funcionários e também de seus colegas ouvintes. Sendo assim, é necessário apurar o olhar para as ações praticadas em sala de aula/escola que permitam aos discentes surdos apropriar -se da língua escrita, assim como as condições em que suas necessidades linguísticas são atendidas no contexto social e escolar. A pesquisa realizada com abordagem qualitativa, revisão bibliográfica, descritiva e estudo de caso. Os sujeitos envolvidos na pesquisa foram: uma discente surda do 1 ano do ensino fundamental I, a docente P1 da turma e o professor intérprete que faz acompanhamento uma vez por semana com toda a sala, em uma Escola Municipal localizada em um Distrito no Município que faz parte da Região Metropolitana do Estado. A abordagem metodológica privilegiou os registros etnográficos coletados nas atividades rotineiras realizadas e mediadas. O processo de alfabetização e letramento abordam aspectos sócio históricos da aquisição de um sistema de escrita e suas consequências para as pessoas que vivem e interagem na sociedade, está baseada no uso da escrita, mesmo por aqueles que não estão alfabetizados. O aporte teórico usado para a fundamentação da pesquisa, autores que contribuíram diretamente nos desdobramentos teórico-metodológicos que abarcam a alfabetização e o letramento de crianças surdas no sistema educacional inclusivo: Góes (1994, 2002, 2004); Lodi (2004); Fernandes (1999); Quadros (1997; 1999; 2004; 2006; 2008); Gesueli (2013), entre outros. Por meio da pesquisa, foi possível constatar fortes evidências construtivistas e positivas da aluna surda a partir da mediação e dos materiais pedagógicos e o ambiente socializador da turma. Conclui-se que os recursos visuais e pedagógicos utilizados para a alfabetização e letramento e as tecnologias de informação são ferramentas que integram, estimulam e influenciam todos aspectos inerentes aos discentes surdos no âmbito pessoal, social e educacional e aos ouvintes concomitantemente. Dessa forma cria possibilidade de compreensão e comunicação. É bem verdade que o aprendizado seria mais amplo se todos estivessem envolvidos com o processo de alfabetização desses alunos. Nesse sentido é preciso que professores alunos funcionários e família estejam apropriados da Língua Brasileira de Sinais, algo que torna um desafio e que não existe uma unidade eficaz no país.

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ISSN: 2446-6042

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