DESFECHOS MATERNOS E NEONATAIS DE PUÉRPERAS ATENDIDAS NO PRÉ-NATAL DE RISCO HABITUAL

Inacia Natali Ramos de Sousa, Maria Natália Cavalcante da Silva, Ellen Ketley de Sousa Freitas, Lara Leite de Oliveira, Elizian Braga Rodrigues Bernardo

Resumo


Introdução: Avaliar a assistência pré-natal é de suma importância, pois direciona ações com vista a melhoria da qualidade assistência prestada. Os desfechos maternos e neonatais são mais adequados, o que impacta diretamente da diminuição da morbimortalidade materna e neonatal, possibilitando ainda qualidade de vida e bem-estar desse binômio. Objetivo: Descrever os desfechos maternos e neonatais de puérperas atendidas no Pré-Natal de Risco Habitual. Método: Trata-se de um estudo transversal, descritivo e com abordagem quantitativa. O estudo foi realizado em janeiro de 2016, na Casa de Parto Natural Lígia Barros Costa (CPN), pertencente ao Centro de Desenvolvimento Familiar (CEDEFAM). A amostra do estudo foi composta por 50 puérperas, sendo incluídas na amostra aquelas que realizaram o PN com risco habitual na CPN. A coleta de dados deu-se por meio de um formulário estruturado junto às mulheres no pós-parto durante a consulta puerperal. Os dados foram armazenados e processados no Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 20.0. Calcularam-se as frequências absolutas, relativas e as medidas de tendência central. O estudo obteve aprovação do CEP da Universidade Federal do Ceará, sob o protocolo nº 1.292.616. Resultados: Quanto às características sociodemográficas, observou-se mediana de idade de 27 anos (DP±5,38 anos), 38 (78%) estavam entre a faixa etária de 20 a 34 anos, 41 (82%) possuíam nove ou mais anos de estudo, 38 (76%) eram da raça não branca, 33 (66%) viviam com companheiro e 32 (64%) não possuíam ocupação. Das que tinham ocupação, metade das puérperas ganhava menos que R$825,00 mediana de salário, e 21 (42%) recebiam algum benefício do governo. Observou-se ainda no presente estudo que 46 (92%) das gestantes estavam em AME. Observa-se no presente estudo que a maioria, 46 (92%) das puérperas teve RN com peso adequado. A consulta puerperal foi realizada por 42 (84%) puérperas no próprio local em que realizou o pré-natal. Observa-se que a via de parto com maior prevalência foi a vaginal, entretanto ainda se encontra abaixo das recomendações ministeriais. O presente estudo não verificou nenhum caso de diagnóstico de sífilis congênita, tétano neonatal e transmissão vertical do HIV/AIDS. Conclusão: Conclui-se que a maioria das puérperas era jovem, com boa escolaridade, com companheiro, não branca e com renda de até um salário mínimo. Observou-se que os resultados maternos e neonatais foram adequados, estando a maioria delas em AME, sem intercorrência na gestação e no parto, RN a termo e com peso adequado, sem diagnóstico de sífilis congênita, tétano neonatal e transmissão vertical do HIV/AIDS. Mesmo sendo a via parto vaginal a mais frequente, ainda se encontra abaixo do preconizado pela OMS.

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ISSN: 2446-6042

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