CANNABIS SATIVA (MACONHA): UMA ALTERNATIVA TERAPÊUTICA PARA DOR CRÔNICA

Josefa Raiza Rodrigues de Freitas, Maria Tamires da Silva, Cinara Vidal Pessoa

Resumo


A dor crônica acomete grande parte da população, a mesma é definida como uma dor contínua e reincidente, tendo duração mínima de três meses e que causa incapacidades no indivíduo acometido. Em alguns casos os tratamentos convencionais descritos em protocolos clínicos não são efetivos. No entanto, o uso dos derivados da Cannabis sativa está sendo estudado e testado para proporcionar uma terapia alternativa para dor. Diante disso, esse trabalho objetivou revisar na literatura científica sobre a Cannabis sativa (maconha) para o tratamento da dor crônica. O presente estudo utiliza como método a revisão narrativa da literatura, realizada no período de junho a agosto de 2021. Empregando como estratégia de busca pesquisas no Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Coordenação e Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Portal de Periódicos da Capes); Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), utilizando os seguintes descritores em português e inglês: Fitoterapia. Tratamento Farmacológico. Cannabis. Dor crônica. Na síntese dos estudos para realização deste artigo, foi observado que sete dos oito trabalhos revisados, apontaram como efeito benéfico à redução da dor com a aplicação da terapia com canabinóides. Quanto às reações adversas, foram relatadas as mais comuns em cinco dos oito estudos, ainda não há evidências suficientes em relação aos efeitos adversos graves. A revisão possibilitou identificar que a maioria dos estudos já realizados com os derivados da Cannabis sativa demonstram resultados promissores em relação à farmacoterapia da dor crônica. Porém, destaca-se a importância de realizar mais estudos de forma aprofundada relacionados às inúmeras aplicações terapêuticas da planta Cannabis sativa, especialmente para utilização na dor crônica. Ressalta-se também a necessidade de realizar mais estudos, principalmente no que se refere aos efeitos secundários na utilização em longo prazo, interações medicamentosas, público-alvo, reações adversas graves, dosagem segura e efetividade.

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ISSN: 2446-6042

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