CRESCIMENTO DA DEMANDA EM RELAÇÃO ÀS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NO ÂMBITO ESCOLAR

Andrêina Jucá Barbosa, Antonio Erlito Rabelo Junior, Joellington Vinicius de Lima Eloi, Valeria Estefany Queiroz Marques, Mércia Capistrano Oliveira

Resumo


Em meio ao atual cenário de pandemia da COVID-19 que vem sendo vivenciado nos últimos tempos, diversas atividades foram suspensas presencialmente com o intuito de conter aglomerações sociais em diferentes ambientes, como também evitar a disseminação do coronavírus. Dessa forma, as atividades de âmbito estudantil que antes ocorriam presencialmente, passaram a acontecer de forma on-line/remota, o que afetou diretamente os processos de aprendizagem e interação social, além da forma como os alunos e estudantes em geral vivenciam a experiência estudantil e/ou acadêmica. Com a paralisação dessas atividades presenciais, diversas demandas relacionadas a dificuldades no processo de aprendizagem foram reportadas, sendo notório o crescimento acentuado de tais queixas durante o atual cenário de pandemia. O objetivo do presente estudo é dissertar acerca do aumento de demandas infantis voltadas para o processo de avaliação psicológica em relação às dificuldades de aprendizagem no âmbito escolar decorrente da pandemia. Destarte, trata-se de um relato de experiência com base nos atendimentos realizados em avaliação psicológica através de um grupo de extensão acadêmica do Centro Universitário Católica de Quixadá - Núcleo de Estudos em Avaliação Psicológica (NEAPSI), sendo realizado no período de junho a outubro de 2021. A partir do que foi mencionado, é possível elucidar como resultado a perceptível relação do contexto pandêmico com o aumento da demanda relacionada à dificuldade no processo de aprendizagem, onde inicialmente se derivou dificuldades na adaptação à conjuntura de ensino remoto, prejuízo na concentração e na organização com os horários, bem como preocupações decorrentes da pandemia, como o isolamento social e o luto. Além disso, no contexto vigente com o retorno gradual às aulas presenciais, podemos elucidar o aumento nos níveis de ansiedade de estudantes, causados principalmente pelas cobranças de familiares, núcleo educacional e do próprio sujeito no que tange à produtividade e rendimento escolar. Cabe mencionar ainda a considerável preocupação em atribuir características e sintomas psicopatológicos às estas crianças, sem considerar o distanciamento do ambiente escolar e da rotina de estudos. Sendo assim, é possível concluir que a pandemia tem evidenciado danos que já refletem na atual realidade prática, havendo uma tendência ao surgimento e desenvolvimento de dificuldades no processo de ensino e aprendizagem, bem como a possibilidade do surgimento de novas queixas em distintos contextos em momentos futuros.

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ISSN: 2446-6042

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