ANÁLISE DO ÁCIDO ÚRICO COMO EXAME DIAGNÓSTICO DE IMPORTÂNCIA CLÍNICA.

Resumo

O ácido úrico está entre as substâncias naturalmente produzidas pelo organismo. É o resultado da oxidação do catabolismo das purinas, proteína contida em muitos alimentos, por ação de uma enzima chamada xantina oxidase. Depois de utilizadas, as purinas são degradadas e transformadas em ácido úrico. Parte dele permanece no sangue e o restante é eliminado pelos rins. Apresenta uma associação clássica com o desenvolvimento de gota. Entretanto, recentes evidências clínicas e epidemiológicas têm sugerido que a hiperuricemia pode ser um fator de risco para doença cardiovascular e síndrome metabólica. Este trabalho tem por objetivo mostrar a importância da dosagem de ácido úrico como método de prevenção clínica e diagnóstico. A pesquisa desenvolveu-se através de um estudo descritivo, as amostras pesquisadas correspondem ao período de 2017 a Abril de 2018, foi utilizando como base o banco de dados eletrônicos de um Laboratório de Análises Clínicas da Cidade de Assaré-CE. Foram estudadas 319 amostras, atingindo as faixas etárias de 10 anos, até acima de 61 anos, de ambos os sexos, resultando no percentual de 17,9% de anormalidades e 82,1% de normalidade, com maior prevalência no sexo feminino em 77,4%. Resultados esses que são consolidados quando comparados a literatura científica. Nota-se a importância da dosagem de ácido úrico como triagem diagnóstica, muitos pacientes também têm outras doenças associadas à gota, como hipertensão arterial, alteração dos níveis de gordura e açúcar no sangue e estão em sobrepeso. Principalmente, por estar associado com o risco cardiovascular, os estudos prospectivos são confundidos pela coexistência de outros fatores de risco. A literatura tem consistentemente demonstrado uma forte associação entre a hiperuricemia e o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, Entretanto, os mecanismos envolvidos nessa associação não foram ainda totalmente elucidados, sendo necessários estudos para compreender melhor esses mecanismos patogênicos.