POTENCIALIDADES FARMACOLÓGICAS DO GÊNERO Boerhavia L. (Nyctagenaceae)

Resumo

O conhecimento sobre a utilização de plantas medicinais pelo homem é secular, a ponto de não se saber ao certo onde tudo começou. Atualmente, apesar da medicina moderna, o uso de produtos de origem natural ainda é bastante propagado pelo mundo, principalmente em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento como o Brasil. Isso acontece em vista dos benefícios sobre suas utilizações, como: menor agressão ao organismo em relação a produtos industrializados, resultando em menores efeitos colaterais; facilidade de acesso, menores custos, entre outros. A família Nyctaginaceae pertence à classe das angiospermas, podendo ser encontrada sob a forma de arbustos, árvores, ervas, lianas ou subarbustos. Sua origem é nativa, não sendo endêmica no Brasil, e seus domínios fitogeográficos abrangem Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e o Pantanal. A família distribui-se ainda em 11 gêneros e 49 espécies. Dentro das Nyctaginaceae, temos o gênero Boerhavia, muito utilizado na medicina tradicional para o tratamento de inflamações e infecções das vias urinárias e uterinas, demonstrando o potencial terapêutico de seus compostos bioativos. Dessa forma, este trabalho objetiva realizar uma revisão bibliográfica sobre as principais propriedades farmacológicas do gênero Boerhavia L. Para a revisão, utilizaram-se artigos científicos encontrados nas bases de dados Google Acadêmico, SciELO e PubMed, com ano de publicação entre 2001 e 2017. Estudos farmacológicos realizados com espécies do gênero Boerhavia demonstraram numerosas propriedades medicinais. Entre elas, as atividades antimicrobiana e anti-inflamatória, são atribuídas aos isoflavonóides, compostos que fazem parte da constituição majoritária das espécies deste gênero. Além dessas, outras propriedades biológicas relatadas incluem a ação diurética, hepatoprotetora, anti-helmíntica, antiviral, antioxidante e analgésica. Diante do exposto, conclui-se que as espécies do gênero Boerhavia são de grande interesse clínico, tendo em vista suas diversas propriedades farmacológicas. Ademais, ressalta-se a importância da condução de novos estudos acerca das atividades biológicas desde gênero, no que tange a investigação de possíveis mecanismos de ação e toxicidade, podendo contribuir para desenvolvimento de novos fármacos.