TRATAMENTO SUBCRÔNICO COM PIOGLITAZONA NÃO PREJUDICOU A CONSOLIDAÇÃO DE MEMÓRIA AVERSIVA EM CAMUNDONGOS

Resumo

O cloridrato de pioglitazona é um fármaco antidiabético que atua juntamente com a dieta e exercícios físicos para melhorar o controle da glicemia em pacientes com diabetes tipo II (diabetes mellitus não insulinodependente, DMNID). O cloridrato de pioglitazona pode ser usado em monoterapia, como também, associado a outros redutores da glicemia. Estudos recentes mostram que a pioglitazona tem a capacidade de estimular a produção de BDNF (Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro), um fator que está relacionado no bom desempenho da memória, mostrando assim, ser um fármaco capaz de promover uma ação que facilita as funções cognitivas. Funções extremamente importantes para o ser humano. No entanto, os efeitos da pioglitazona sobre a memória aversiva merecem uma maior exploração. Neste cenário, objetivou-se, avaliar o tratamento subcrônico do cloridrato de pioglitazona sobre a memória aversiva de camundongos na esquiva-passiva. Para isso, foram utilizados seis camundongos, dentre os quais quatro fêmeas e dois machos. Os animais foram aclimatados no biotério do Centro Universitário Católica de Quixadá e os experimentos foram realizados no laboratório da mesma Instituição. Os camundongos foram separados em duas gaiolas de acordo com o gênero e marcados com numerações para sua identificação, onde em cada grupo foi escolhido como controle o animal reconhecido como fêmea um e macho um, aos quais foram administrados 30mg/Kg de solução salina na região intraperitoneal. No restante do grupo ocorreu administração de 30mg/Kg de pioglitazona na região intraperitoneal. A administração da droga aconteceu do dia 04 de maio, no período da manhã ou tarde, e os testes de memória aversiva foram realizados no dia 18 de maio, por meio do processo de esquiva passiva.Os resultados mostraram que os animais levaram o maior tempo sobre a plataforma (300s), indicando que eles foram capazes de consolidar que a parte gradeada do aparato é perigosa. Esses dados indicam que o tratamento com pioglitazona não promoveu prejuízos de memória aversiva. Deste modo, conclui-se que os dados apresentados servem agora como base para as perspectivas futuras desse estudo que é promover déficits de memória aversiva com escopolamina e descobrir se a pioglitazona tem efeito neuroprotetor.