ARTRITE REUMATOIDE E SEU DIAGNÓSTICO ATRAVÉS DO FATOR REUMATOIDE

Resumo

A doença artrite reumatoide também conhecida como AR é autoimune, inflamatória e crônica que afeta principalmente as pequenas articulações das mãos e dos pés, tendo como principal característica a inflamação do tecido sinovial das múltiplas junturas desencadeando uma série de malefícios como a morte celular resultando na destruição tecidual, dor, deformidades e redução na qualidade de vida da pessoa acometida. Grande parte de sua etiologia é desconhecida e complexa, embora estudos demonstrem que o desenvolvimento de sua patogenicidade tem influência de fatores genéticos e ambientais. Os familiares de pacientes com artrite reumatoide formam um grupo de risco para o desencadeamento da patologia em sua forma mais grave devido à forte influência genética. Este trabalho objetiva evidenciar a correlação do diagnóstico da patologia AR através do fator reumatoide. Foi realizado um estudo do tipo levantamento bibliográfico onde foram utilizados artigos, pesquisados nos bancos de dados Google Acadêmico, SciELO (Scientific Eletronic Library Online). Foram incluídos na pesquisa artigos em português que abordassem a temática em questão e publicados entre os anos de 2004 a 2010 em períodos indexados nos bancos de dados, foram utilizados os seguintes descritores artrite reumática, fator reumatoide. O curso da AR tem como ser modificado por meio do diagnóstico precoce e do manejo do paciente. A determinação do fator reumatoide (FR) é amplamente utilizada no diagnóstico da AR, porém os resultados devem ser criteriosamente ponderados diante da especificidade limitada do exame, pois o FR é utilizado com frequência para diferenciar a artrite reumatoide de outras artrites crônicas. Diante da heterogeneidade das manifestações clínicas se torna difícil um diagnóstico precoce, pois isso acaba retardando a implantação terapêutica. A sua terapêutica baseia-se no uso de anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), corticosteroides, drogas antirreumáticas modificadoras do curso da doença (DMARD) e agentes imunobiológicos. Além do tratamento por uso de medicamentos, também são adotadas medidas como educação do paciente e terapias psico-ocupacionais. Deste modo conclui-se que apesar dos significativos avanços tanto no entendimento como no diagnóstico e no tratamento da AR, ainda persistem inúmeros desafios a serem superados.