ASPECTOS CLÍNICOS DA FLEBITE: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Resumo

Os acessos venosos periféricos (AVPs) dão-se como a invasão de objetos perfuro cortantes promovendo a evasão da proteção natural desses vasos e por consequência viabilizar a comunicação do sistema venoso com o meio externo. Entretanto, esses os AVPs podem acarretar complicações indesejáveis. A flebite refere-se ao processo inflamatório da camada íntima da veia, como resposta à lesão tecidual causada por diversos fatores associados à inserção e principalmente à utilização do cateter venoso periférico, no entanto pode ser causada também por administração de medicamentos, coletas sanguíneas em excesso ou por repetidas vezes utilizando o mesmo acesso. O edema constitui-se no sinal clínico mais frequente para identificação da infiltração, podendo associar-se a outros, como palidez cutânea, dor, diminuição da temperatura e/ou sensibilidade no local. A infiltração poderá, também, desencadear comprometimento circulatório e necrose tecidual nos casos mais graves. Este trabalho objetiva realizar uma revisão bibliográfica sobre os aspectos clínicos da flebite. Trata-se de uma revisão de literatura realizada entre os meses de setembro e outubro de 2018. Foram coletados dados utilizando-se dos descritores: Flebite; Acessos venoso periféricos; Cateteres venosos periféricos; Patologia sanguínea. Os descritores foram escolhidos com base nas diretrizes dos DeSC. Os descritores supracitados foram utilizados nas bases de dados SciELO, PubMed, Lilacs e Science Direct. Os critérios de inclusão adotados para os artigos em análise foram: trabalhos abordando os aspectos gerais referentes aos aspectos clínicos da flebite; estudos publicados entre os anos de 2013 e 2018. Foram excluídas publicações ambíguas ou que fugiram da temática estabelecida, assim como estudos fora do período descritos pelos autores. Os cuidados com a flebite devem ser considerados, tendo em vistos que tal processo inflamatório podendo evoluir para processos patológicos mais graves. Frente a análise das bibliografias obteve-se os principais aspectos clínicos referentes a sintomatologia da flebite, suas medidas profiláticas. Os principais sintomas envolvidos na flebite são ocorrência de dor, eritema, edema e redução da velocidade de infusão, podendo causar também infecção local e sistêmica. As medidas profiláticas no que tange a flebite são trocas periódicas dos cateteres, higienização do local da punção, e mudança de acesso venoso se necessárias repetidas coletas. Diante do exposto, pode-se ter a dimensão da relevância do tema frente ao contexto das ciências da saúde, em específico ao ramo da patologia, por tratar dos processos fisiopatológicos e clínicos da flebite. Deve-se também levar em conta os riscos associados à flebite, reconhece-se a necessidade de buscar evidências científicas para estruturar e fundamentar métodos e diretrizes com o objetivo de garantir a segurança dos pacientes proporcionando melhorias na qualidade da assistência em saúde.