ALTERAÇÕES EPITELIAIS NO ENVELHECIMENTO

Resumo

Todo organismo multicelular possui um tempo limitado de vida e sofre mudanças fisiológicas com o passar do tempo, a pele é um órgão que faz parte do sistema tegumentar, é o maior e o mais pesado órgão do corpo humano, toda sua superfície é composta por sulcos e saliências, sua estrutura é formada por três camadas: epiderme, derme e tela subcutânea, embriologicamente, a pele deriva dos folhetos ectodérmicos e mesodérmicos. As estruturas epiteliais – epiderme, glândulas apócrinas, glândulas écrinas e unhas – derivam do ectoderma. As fibras colágenas e elásticas, vasos sanguíneos, músculos e tecido adiposo originam-se do mesoderma. O objetivo deste trabalho é analisar e compreender melhor as alterações estruturais e funcionais que ocorrem no envelhecimento epitelial. Trata-se de uma revisão bibliográfica descritiva de caráter qualitativo. Para tanto, foi realizado um levantamento bibliográfico a partir de artigos, teses, revistas científicas nas bases de dados Google acadêmico, Scielo, os artigos datavam dos anos 2016 a 2018. A pele passa por diversos processos, dentre eles o envelhecimento que se caracteriza pela diminuição nas fibras elásticas na derme, já na epiderme ocorre a redução da atividade do sistema imunológico, com a redução de células de langerhans e monócitos. O envelhecimento representa o conjunto de consequências ou os efeitos da passagem do tempo. Pode ser considerado biologicamente como a involução morfofuncional que afeta todos os sistemas fisiológicos. Alterações que podem ser observadas no envelhecimento epitelial são a perda de gordura subcutânea, alteração da função das glândulas sebáceas, o aumento de suscetibilidade a infecções e outras doenças. A pele na idade avançada tende a se tornar seca, flácida, e muito fina, com a perda das cristas epidérmicas e com o decréscimo do tamanho do queratinócito. A cicatrização de ferimentos se torna mais lenta nos idosos, há uma diminuição da proliferação celular, que normalmente ocorre com muita intensidade na camada germinativa, a derme proporciona resistência a elasticidade da pele, com o aumento da idade ocorre diminuição na síntese de colágeno, as fibras elásticas tornam-se deformadas e menos flexíveis, o suporte estrutural determinado pela derme vai se perdendo, de modo que a pele torna-se menos elástica, mais fina e menos hábil para resistir a alterações mecânicas. Através deste trabalho foi possível identificar as principais modificações cutâneas do envelhecimento (redução da espessura da derme e epiderme) de forma a nortear estudos futuros sobre os aspectos da pele dos idosos, identificamos as alterações estruturais e fisiológicas que ocorrem durante o processo de envelhecimento, no qual este processo é, portanto, absolutamente individual, variável, cujo êxito se dá dia após dia, desde a infância.