FEBRE AMARELA: VISÃO ATUAL SOBRE CONTROLE, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

Fransklim Abel Pinheiro de Souza, Ilana Lima Lopes, Saulo Almeida de Menezes, Cícero Ramon Bezerra dos Santos

Resumo


A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, ocasionada por um protótipo viral membro da família Flaviviridae. O vírus da febre amarela (YFV) possui dois padrões de transmissão: um silvestre (quando há transmissão em área rural ou de floresta) e urbano. O vírus é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados e não há transmissão direta de pessoa a pessoa. A doença tem importância epidemiológica por sua gravidade clínica e potencial de disseminação em áreas urbanas infestadas pelo mosquito Aedes aegypti. Tendo em vista os recentes eventos epidêmicos registrados no Brasil, o presente estudo objetiva expor informações atuais a respeito do controle, diagnóstico e tratamento da febre amarela. Trata-se de uma revisão de literatura utilizando as bases de dados Google Acadêmico, SciELO, PubMed e Science Direct. Os critérios de inclusão adotados para os artigos em análise foram: a) textos completos e gratuitos; b) trabalhos abordando os aspectos gerais referentes ao controle diagnóstico e tratamento da febre amarela; c) estudos publicados entre os anos de 2015 e 2018. Foram excluídas publicações ambíguas ou que fugiram da temática estabelecida, além daquelas fora do período estabelecido pelos autores. A vacinação é a atual forma mais importante na prevenção da febre amarela. A mesma é segura, de fácil acesso e é capaz de fornecer proteção vitalícia contra a doença, de modo que reforços não são necessários. O diagnóstico clínico é difícil, devido a similaridade dos sintomas com os de outras doenças. O diagnóstico laboratorial pode ser feito através de amostras de sangue, soro e fragmentos de vísceras, prosseguindo com técnicas de isolamento viral ou sorologia para detecção de anticorpos através de ELISA. Não existe um tratamento farmacológico antiviral específico para a febre amarela. Dessa forma, a terapia empregada é na maioria das vezes sintomática e consiste em descanso, restituição de fluídos para prevenir desidratação e uso de analgésicos. Pelo fato de ser uma enfermidade zoonótica, possuindo primatas não-humanos (PNH) como reservatórios, é improvável que a febre amarela seja erradicada. Entretanto, as epidemias podem ser evitadas através da imunização da população e por intermédio da implementação de campanhas de vacinação em massa em resposta aos surtos. E, embora a vacina seja eficaz, outras vacinas alternativas devem continuar sendo desenvolvidas de modo a beneficiar os grupos para os quais a vacina convencional não é recomendada.

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ISSN: 2526-5237

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