PRESENÇA DE LEUCÓCITO-ESTERASE, LEUCOCITÚRIA E BACTERIÚRIA COMO INDICATIVO DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO EM MULHERES

Benedito Yago Machado Portela, Pryscila Silva Rocha, Fransklim Abel Pinheiro de Souza, Mariana Gomes Vidal Sampaio

摘要


O sistema urinário é responsável por algumas atividades fisiológicas do corpo humano e são várias as enfermidades que podem acometê-lo, causando danos. A infecção do trato urinário (ITU) está entre as patologias mais frequentes e de grande relevância clínica, sendo uma inflamação normalmente de origem bacteriana e os sintomas mais comuns são disúria, polaciúria e dor suprapúbica. A contaminação na maioria das vezes é por via ascendente no trato urinário inferior, podendo ocorrer por outras formas. A mulher tem uma maior vulnerabilidade por possuir uma uretra mais curta e estar próxima ao ânus, favorecendo a contaminação. Mais de 50% das mulheres já apresentaram um episódio de ITU durante a vida. Em mulheres jovens, os maiores fatores de risco para cistite são atividade sexual recente ou frequente, uso do espermicida e antecedente de ITU. Em casos de ITU há dois parâmetros no exame de urina de maior importância diagnóstica que são o leucócito-esterase e o nitrito. A leucocitúria é o achado mais frequente em infecções do trato urinário. O objetivo deste trabalho é correlacionar a presença de leucócito-esterase, leucocitúria e bacteriúria como um indicativo de ITU em mulheres. Essa pesquisa consiste em um estudo quantitativo, descritivo, cuja população foram 12 estudantes do sexo feminino de um Centro Universitário da cidade de Quixadá-CE. Foram coletadas as urinas das participantes, logo em seguida foram armazenadas e levadas ao Laboratório de Microbiologia do Centro Universitário Católica de Quixadá, onde foi realizado o exame de Sumário de urina. Após as análises, 25% das amostras apresentaram presença de leucócito-esterase, leucocitúria ou bacteriúria, dos 75% restantes nenhuma amostra apresentou alteração nesses parâmetros. Nas amostras com alteração nesses três parâmetros, 100% demonstraram presença de leucócito-esterase na fita reativa. A esterase leucocitária está presente nos grânulos azurófilos ou primários dos leucócitos granulócitos e nos monócitos e sua detecção representa significativa evidência de leucocitúria. 66,7% apresentaram leucocitúria, isso acontece porque os leucócitos são lisados em urinas com pH > 6,0, com reduzida osmolaridade ou em análises tardias, portanto esse dado corrobora com a literatura que afirma que é mais fácil encontrar falso negativo na microscopia do que na fita. 66,7% apresentou bacteriúria, essa alteração pode decorrer dos seguintes fatores: ITU e contaminação da amostra. A diferenciação se dá pela presença de leucócitos na ITU e todas as amostras foram positivas para esterase leucocitária. Em 33,3% dessas amostras foram evidenciados os três parâmetros em estudo, sendo isso um forte indício de ITU. A leucocitúria pode ser observada, de forma transitória, em praticamente todas as doenças renais e do trato urogenital, entretanto a causa mais frequente de leucocitúria é a infecção aguda do trato urinário, associada a diferentes agentes biológicos, mais frequentemente, bactérias. Portanto, a partir desse estudo, é possível perceber que a fita reativa positiva para esterase leucocitária é o parâmetro mais confiável para detectar leucócitos na urina e a associação de leucócito-esterase, leucocitúria e bacteriúria é um grande indicativo de ITU em mulheres, que são o grupo de risco dessa enfermidade, sendo um forte requisito para o requerimento de urocultura.



ISSN: 2526-5237

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