ALLIUM SATIVUM (ALHO): TRATAMENTO ALTERNATIVO DA DIABETES MELLITUS

Nairla Nayara Monteiro Félix de Lima, Cris Mirelly dos Santos Lima, Diego da Paixão Rodrigues, Jaqueline Arruda Alves, Cinara Vidal Pessoa

Resumo


O diabetes mellitus é um grupo de doenças metabólicas caracterizada por hiperglicemia, sendo resultante de defeitos na secreção de insulina, resistência a ação da insulina ou ambos. A hiperglicemia crônica do diabetes está associada com danos a longo prazo, disfunção e falência de vários órgãos, especialmente dos olhos, rins, nervos, coração e vasos sanguíneos. A grande maioria dos casos de diabetes encontra-se dentro de duas categorias, diabetes tipo 1, resulta da deficiência da secreção de insulina, de origem auto-imune ou de causa idiopática; diabetes tipo 2 a causa é uma combinação da resistência a ação da insulina e uma inadequada resposta à secreção desta. Muitas plantas são utilizadas no Brasil como hipoglicemiantes mesmo sem confirmação científica. O Allium sativum (alho) é uma espécie amplamente utilizada para fins medicinais, devido a alguns dos seus componentes ativos melhorar o índice glicêmico. Diante disso, o trabalho teve como objetivo realizar um estudo sobre o Allium sativum no tratamento de Diabetes mellitus. Trata-se de um estudo bibliográfico do tipo explorativo-descritivo, foram analisados 17 artigos onde 12 foram utilizados para compor o estudo. Utilizou-se os bancos de dados: Scielo e Google Acadêmico. O mecanismo de ação pelos quais as plantas baixam a taxa de glicose do sangue pode ser atribuído aos seguintes fatores: aumento da liberação de insulina através da estimulação das células β-pancreáticas; resistência aos hormônios que aumentam a taxa de glicose; aumento do número e da sensibilidade do sítio receptor de insulina; diminuição da perda de glicogênio; aumento do consumo de glicose nos tecidos e orgãos; eliminação de radicais livres; resistência à peroxidação de lipídeos; correção da desordem metabólica causada em lipídeos e proteínas e estímulo ao aumento da microcirculação do sangue no organismo. A atividade antidiabética do Allium sativum L. (Liliaceae) (alho) pode ser explicada pelo fato desse composto exercer um controle maior sobre a peroxidação lipídica, além de apresentar um efeito estimulante da secreção de insulina. Desta forma, possui concentração baixa de carboidrato e gordura, além de impedir as complicações cardiovasculares diabéticas. Os resultados dos artigos analisados sugerem que o alho pode ser muito útil no alívio de complicações diabéticas bem como na prevenção do desenvolvimento de aterosclerose e nefropatia geralmente observadas em pacientes diabéticos. Porém, mais trabalho é necessário para investigar seus ativos e elucidar o mecanismo de ação.

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ISSN: 2358-9124

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