EFEITOS DA ISOFLAVONA NA PÓS-MENOPAUSA: REVISÃO DE LITERATURA

Samile Melo Oliveira, Thecia Larissa da Silva Ribeiro, Mikaela da Silva Lima, Lucas Aristides Andrade Araujo, Liene Ribeiro de Lima

Resumo


A menopausa é caracterizada pelo período fisiológico em que há a interrupção espontânea da menstruação. Já o climatério, consiste na fase transitória entre o período reprodutivo e o não reprodutivo. Ambas as fases são responsáveis por diversas transformações hormonais, morfológicas, que estão diretamente ligadas a sintomas vasomotores, urogenitais e principalmente psicológicos. Nessa fase os ovários aos poucos deixam de exercer suas funções e a produção de estrogênio e progesterona tornam-se cada vez mais inconstante. Na pós-menopausa, a deficiência de estrogênio proporciona sintomas desagradáveis que afetam a qualidade de vida das mulheres. Atualmente, o tratamento dos sintomas climatéricos, envolvem desde a mudança no estilo de vida até a utilização de medicamentos. Dentre os diversos tratamentos, destaca-se a utilização da isoflavona (fitoestrógeno presente na soja com estrutura semelhante aos estrogênicos), responsável por proporcionar a diminuição da intensidade dos fogachos e melhora do ressecamento vaginal. O presente estudo tem como objetivo revisar a literatura científica publicada acerca dos efeitos da isoflavona na pós-menopausa. Trata-se de uma revisão bibliográfica realizada através da análise do material disponível nos bancos de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e PUBMED, pelo cruzamento dos descritores de Ciência em Saúde (DeCS): Pós-Menopausa, Saúde da Mulher, Soja e Climatério. Os critérios de inclusão foram: artigos publicados no período de 2014 a 2018, estarem completos e de domínio público. No entanto, foram excluídos os artigos com duplicidade. Foram encontrados 28 artigos, mas permaneceram 9 artigos que atenderam aos critérios de inclusão. Verificou-se que a isoflavona provoca uma redução nos níveis de triglicerídeos (que aumentam no período pré e pós-menopausa), quanto a concentração do estrogênio endógeno, os receptores geram uma maior disponibilidade, o que favorece a ação estrogênica das isoflavonas, que acabam supostamente compensando a deficiência do hormônio humano. Constatou-se também a redução significativa dos fogachos e a redução no colesterol total e aumento de estradiol nessas pacientes. Dessa forma conclui-se que os benefícios das isoflavonas são inúmeros, mas a sua prescrição deve ser ponderada com muita cautela, orientando a forma correta do tratamento que tem por base este elemento.

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ISSN: 2358-9124

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