FARMACÊUTICO CLÍNICO NO MANEJO DE PACIENTES DIABÉTICOS

Manoel Patrick da Silva Cavalcante, Antônio Gildenberg Queiroz Saraiva, Davi da Silva Lima Silvestre, Elton Bandeira Ivo, Karla Bruna Nogueira Torres Barros

Resumo


A diabetes é um patológico ao qual o indivíduo se encontra com uma alta concentração de glicose livre na corrente sanguínea, sendo que o corpo, por si só, não consegue diminuir esses níveis a estados fisiológicos, necessitando então de medicamentos para correção deste entrave. Atualmente, o diagnóstico e o tratamento só podem ser realizados pelo médico. No entanto, o farmacêutico também pode auxiliar a melhorar a qualidade de vida do indivíduo. Este trabalho teve como objetivo verificar a atuação do farmacêutico clinico no auxílio a melhora da qualidade de vida de pacientes diabéticos no Brasil. Como um estudo descritivo e qualitativo em que revisa a literatura atualizada sobre o assunto, para realizar essa pesquisa necessitou-se a utilização de uma “linha de busca” formada pelos descritores “Farmacêuticos Clinico” e “Diabetes Mellitus”, ambos pesquisados no Descritores em Ciências da Saúde (DECs) e unidos pelo operador booleano “AND” e pesquisados na base de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Foram selecionados artigos datados entre os anos de 2015 a 2018 e publicados em bases de dados nacionais. Também foi levado em conta conteúdos da oitava edição do “IDF diabetes atlas”, a edição 2017-2018 das “Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes” e a RDC 545 de 2013 do Conselho Federal de Farmácia. Após a leitura dos documentos citados e de dois artigos selecionados para a pesquisa, constatou-se que em 2017, na América latina foram registrados aproximadamente 26 milhões de casos de diabetes, com previsão de que em 2045 aumente para um total de 42 milhões. Conforme a legislação vigente, o farmacêutico clinico está apto a diversas atividades que melhoram a qualidade de vida do individuo diabético. Entre essas atividades, o mesmo pode atuar na rastreabilidade da patologia, através da realização de exames de glicemia em farmácias ou consultório, encaminhamento para diagnostico médico, orientação e acompanhamento da farmacoterapia, auxilio na escolha da farmacoterapia e na adesão do paciente a mesma, a fim de evitar Problemas Relacionados a Medicamentos (PRM) ou Reações Adversas a Medicamento (RAM). Durante o tratamento, se necessário, o farmacêutico também pode solicitar exames para determinar parâmetros bioquímicos e fisiológicos com o intuito de acompanhamento da farmacoterapia. Essas atividades são de fundamental importância, sendo, sua eficácia, demonstrada em dois estudos clínicos randomizados, aos quais ambos compararam a dois grupos, um com assistência medica e intervenção farmacêutica e outro apenas com assistência medica, era esperado uma melhora média, em ambos os grupos, de aproximadamente 56% dos casos, os grupos que tiveram intervenção farmacêutica melhoraram aproximadamente em 70%, o sem intervenção farmacêutica apenas em 46%. Com base nisso podemos observar que o acompanhamento Farmacêutico é útil e significantemente eficaz para melhora da qualidade de vida de pacientes diabéticos.

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