O USO DO LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO PARA FINS DE DIAGNÓSTICO
Resumo
O líquido cefalorraquidiano (LCR) é um fluído incolor e aquoso que circula pelo espaço intracraniano. Ele preenche o sistema ventricular, o canal central da medula e os espaços subaracnóides (craniano e raquiano), representando a maior parte do fluído extracelular do sistema nervoso central (SNC). Esse líquido apresenta diversas funções, entre elas, o fornecimento de nutrientes essenciais ao cérebro, a remoção de produtos da atividade neuronal do SNC e a proteção mecânica das células cerebrais. A formação do líquor ocorre em duas etapas. A primeira consta-se da filtração passiva do sangue pelo endotélio capilar coroidal, e a segunda, de uma secreção ativa pelo epitélio monoestratificado. A renovação do líquor é diária e sua constante produção atinge um volume médio de 500 ml/dia. Tanto a produção quanto a composição do LCR podem ser afetadas pela presença de tumores, infecções, traumas, isquemias e hidrocefalias. Essas alterações severas no fluxo liquórico podem causar distúrbios cognitivos e de função motora. Diante disso, este trabalho teve como objetivo conhecer o uso do líquido cefalorraquidiano para diagnóstico, enfatizando a diferenciação na contagem global de células, contribuindo para detecção de diferentes patologias. Realizou-se um estudo bibliográfico do tipo exploratório-descritivo, utilizando os bancos de dados (Scielo, Google acadêmico) através da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), além de monografias e livros, sendo selecionados 14 artigos publicados em português, entre os anos de 2009 a 2017 sobre esta patologia. A coleta da amostra de líquor é de responsabilidade do médico, sendo a via lombar a mais utilizada na rotina, seguida pela suboccipital e, por último, a via ventricular. O diagnostico é feito por exame físico (verificação de alteração na coloração do líquor), contagem global de células (leucócitos e hemácias) e em seguida a contagem diferencial de leucócitos. Estes exames possibilitam a detecção de doenças, como meningite viral, tuberculosa e fúngica, meningite bacteriana, linfoma, leucemia, tumor cerebral. Dessa forma, essa análise laboratorial é de fundamental importância, pois conforme a linhagem celular predominante, torna-se possível estabelecer uma conduta terapêutica adequada.
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PDFISSN: 2358-9124
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