ATIVIDADE MICROBIOLÓGICA DOS EXTRATOS DA Hanconia speciosa GOMES E Plactranthus grandis FRENTE A CAPACIDADE DE INIBIÇÃO

João Paulo Komarsson Magalhães Cordeiro, Samile Melo de Oliveira, Yure Bastos de Souza, Lorena de Queiroz Silva, Leandro Bezerra de Lima

Resumo


A utilização de plantas para o tratamento e prevenção de doenças é uma das práticas mais antigas da civilização humana sendo que as plantas medicinais têm sido a fonte de muitos remédios tradicionais aplicados na prática clínica. Bastante citada em levantamentos etnobotânicos como planta medicinal, a Hancornia speciosa GOMES, conhecida popularmente como mangabeira é uma frutífera de relevante importância no bioma Cerrado, assim como a Plectranthus grandis, conhecida como falsa malva-santa ou boldo-grande comum florescer no Nordeste nas regiões serranas, litorâneas ou sertão central. Objetivou-se com o presente estudo avaliar a atividade antimicrobiana dos extratos hexânicos e metanólicos de folhas da mangabeira e do boldo-grande e casca da mangabeira frente às bactérias Escherichia coli, Staphylococcus aureus e Klebissiella pneumonae, assim como a cepa de Candida albians cultivadas em ágar Muller-Hinton, nas concentrações de 100 e 200 mg/mL. Foram selecionados 10 g secas e trituradas de cada amostra (folhas e casca) e adicionado no sistema de soxhlet, em seguida foram adicionados 150 ml de solvente hexano, onde se depositou no balão de fundo redondo, esse foi aquecido por 3 horas contínuas, em seguida o solvente foi removido em um rota-evaporador sob pressão reduzida e armazenado o extrato obtido. Esse processo foi realizado da mesma maneira com metanol, assim obtivemos os extratos hexânicos e metanólicos da HSG e do P. grandis. O fungo e as bacterias foram semeados em placa de petri contendo Ágar Müeller-Hinton (AMH), após a semeadura colocou-se os discos de infusão contendo os extratos nas placas e posta na estufa a uma temperatura de 37º, mantendo-se lá por 24 horas para a leitura dos resultados das bactérias e por 5 dias para a obtenção dos resultados da leitura da Candida. Na verificação dos resultados, podemos averiguar que houve a formação de halo de inibição nas bactérias Staphylococcus aureus (gram-positivas) e Escherichia coli (gram-negativa) e no fungo Cândida albicans. Não houve formação de halos na bactéria Klebsiella pneumoniae (gram-negativa). Todos os controles positivos confirmaram o seu grau de inibição de acordo com os parâmetros estabelecidos e correspondentes aos comportamentos das cepas utilizadas. Então pode-se concluir que os extratos hexânicos e metanólicos da HSG e do P. grandis têm ação antimicrobiana sobre algumas bactérias utilizadas, evidenciando, assim, que o seu uso na medicina popular contra algumas infecções acometidas por Staphylococcus aureus e E.coli tem ação antimicrobiana demonstrada por este trabalho.

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ISSN: 2358-9124

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