AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE ORAL AGUDA DO EXTRATO AQUOSO DE Scoparia dulcis (VASSOURINHA-DOCE)

Maria Josyanne Almeida de Oliveira, Ana Paula Moreira de Lima, Mariana Brito Lima, Samila Moreira de Freitas, Izabel Cristina Justino Bandeira

Résumé


As plantas medicinais, têm contribuído desde a antiguidade de forma benéfica para a saúde. A grande diversidade vegetal e o baixo custo associado à esta terapêutica, atuaram como facilitadores para sua disseminação. Neste contexto, a Scoparia dulcis (SD), também conhecida como “vassourinha-doce”, surge como uma erva perene distribuída em regiões tropicais e subtropicais, sendo empregada popularmente no tratamento de diversos agravos, embora seja desconhecida quanto aos seus efeitos tóxicos. O presente estudo objetivou realizar o ensaio de toxicidade aguda oral do extrato aquoso de SD, para investigar a toxicidade da planta. Foram utilizados 12 camundongos Swiss fêmeas, pesando entre 25 – 30g provenientes do biotério do Centro Universitário Católica de Quixadá. Os animais foram divididos aleatoriamente em grupos com 3 para a administração extrato aquoso de SD. O extrato foi obtido através de 150g de droga vegetal e 1 500 ml de água, em temperatura de 60º por 6h. Em seguida, a solução foi submetida à evaporação do solvente, pelo método banho-maria, resultando em um extrato concentrado. Para possibilitar a administração, o extrato concentrado foi diluído em água para injeção. A administração ocorreu uma única vez, via oral, pelo método de gavagem. Os grupos G1, G2, G3 e G4 receberam 5 mg/kg, 50mg/kg, 300mg/kg e 2000mg/kg respectivamente, conforme descrito no guia 423/2011 da OECD. Os animais foram observados nos primeiros 30 minutos, periodicamente durante as primeiras 24 horas após a administração dos extratos e diariamente durante 14 dias. Foi realizado monitoramento do consumo de água, ração e peso corporal diariamente. No final do experimento (dia 14), foi retirado sangue através do plexo orbital, para análise laboratorial de parâmetros hematológicos e bioquímicos. Na avaliação dos parâmetros bioquímicos dos camundongos Swiss, foram detectadas redução nos níveis de uréia e colesterol no grupo 3, como também nos valores de alanina aminotransferase (ALT) nos grupos 3 e 4. Em relação aos parâmetros hematológicos, não foi identificado nenhuma alteração. Nenhuma das doses provocaram mortes, variações no consumo de água ração, peso corporal, como também alterações fisiológicas nos animais. A análise de todos estes parâmetros, permitiu considerar a SD como uma espécie relativamente segura, haja visto que sinais de toxicidade não foram observados em doses igual ou menores que 2000 mg/kg. O protocolo experimental foi submetido e aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animais/CEUA do Centro Universitário Católica de Quixadá – Unicatólica, sob o nº 09/2018. Os animais foram tratados em conformidade com os princípios definidos pelo Colégio Brasileiro de Experimentação Animal (COBEA), obedecendo, também, aos preceitos da legislação brasileira (Lei Arouca - Lei nº 11794, de 8 de outubro de 2008).

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