COMORBIDADES QUE AFETAM PACIENTES USUÁRIOS DE ANTIRRETROVIRAIS EM UM SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA ESPECIALIZADA DO SERTÃO CENTRAL

Amanda Kelly de Farias Lima, Karla Bruna Nogueira Torres Barros

Resumo


Com o surgimento da terapia antirretroviral, nos anos de 1980, foi notável o avanço satisfatório na qualidade de vida dos pacientes que vivem com o vírus do HIV. Desse modo, o pensamento de que está infectado era sinônimo de morte foi modificado com as novas possibilidades e perspectivas para esses usuários. O tratamento para o HIV é feito com a terapia antirretroviral (TARV), uma boa adesão ao tratamento melhora significativamente na vida do paciente além de diminuir as chances de transmissão, porém, com o aumento da sobrevida desses pacientes usuários TARV, fizeram com que os mesmos sofressem alguns efeitos degenerativos da patologia em outros âmbitos de sua saúde. Essas alterações muitas vezes, fazem com o que os pacientes não tenham uma boa adesão ao tratamento. O serviço de Assistência Especializado (SAE) é estruturado por equipes multidisciplinares, tendo como principal objetivo prestar um atendimento de qualidade de forma integral para os pacientes que lá são atendidos. O estado do Ceará conta com 24 SAE’s em 11 municípios. Esse trabalho se objetivou em conhecer as principais comorbidades que afetam os pacientes que fazem o uso ativo do tratamento antirretroviral em um Serviço de Assistência Especializada (SAE) na cidade de Quixadá-Ce. Tratou-se de um trabalho descritivo, observacional, qualiquantitativo e transversal. Os dados foram coletados no Serviço de Atendimento Especializado (SAE), do Sertão Central. Foi visto que de 100 pacientes ativos no serviço, 90 (90%) pacientes estavam aptos a participar da pesquisa, diante disso aceitaram participar da entrevista 35 (38%) dos pacientes ativos mensalmente na terapia antirretroviral. Foi distribuído os pacientes de acordo com o gênero e conforme a presença ou não de comorbidades, sendo no total de pacientes do sexo masculino 19 (55%) do sexo feminino 16 (45,7%). Foram encontradas comorbidades em 12 (63,1%) do sexo masculinos e 7 (43,7%) nas mulheres. Das comorbidades encontradas durante a pesquisa se destacam: Lipodistrofia (37,5%), Síndrome Metabólica (20,8%), Alterações Osteoarticulares (16,6%), Outros (Cefaléia, Anemia e Alpécia), (20,8%).

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