CUIDADO FARMACÊUTICO NO PERÍODO GESTACIONAL: A UTILIZAÇÃO DA ENOXAPARINA EM UM SERVIÇO DE GESTAÇÃO DE ALTO RISCO

Yure Bastos Souza, Ana Paula Moreira de Lima, Samila Moreira de Freitas, Nadinny Meneses de Castro, Karla Bruna Nogueira Torres Barros

Resumo


As trombofilias abrangem um grupo de complicações no processo de coagulação sanguínea, tendo a grande possibilidade de desenvolver eventos trombóticos, como a embolia pulmonar e a trombose venosa profunda, podendo ser classificadas em hereditárias e adquiridas e quando diagnosticadas devem ser tratadas com uma heparina de baixo peso molecular a enoxaparina, medicamento de alto custo e disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). A pesquisa objetiva traçar um plano de cuidado farmacêutico, referente ao uso de enoxaparina em gestantes trombofílicas atendidas na Policlínica Francisco Carlos Cavalcante Roque no Município de Quixadá- CE. O estudo foi do tipo levantamento situacional de caráter, descritivo, transversal, prospectivo, retrospectivo constituindo em uma abordagem quantitativa. Foram analisados 90 prontuários das gestantes que realizaram acompanhamento no pré-natal de alto risco, no período de agosto a outubro de 2018. As gestantes em sua maioria apresentavam faixa etária entre 31 a 38 anos 58,8%, com renda familiar de 0 a 1 salário mínimo 64,7%, de etnia negra 58,8%, com ensino médio completo 70,6% e com casa própria independente 88,2%. Dos prontuários analisados averiguou-se a presença de trombofilias 18,9%, complicações gestacionais totalizando em 81,1% enquadrando a hipertensão gestacional, pré-eclâmpsia e eclampsia, diabetes gestacionais, histórico de abortos e outras adversidades na gestação como a depressão, gravidez gemelar, placenta prévia e eplepsia. Quando diagnosticada é de suma importância iniciar o tratamento antitrombótico com a enoxaparina, heparina de baixo peso molecular, droga de escolha para a terapia conforme o risco, podendo o tratamento ser baseado também com ácido acetilsalicílico. Estudos relatam uma superioridade quanto à eficácia da enoxapariana por sobre o AAS devido à taxa de nascidos vivos que se elevou de 28% para 78% após a terapia com a HBPM, sendo esta de risco B devendo ser orientada quanto ao seu uso. Para obtenção do tratamento, o SUS disponibiliza a terapêutica, mas em situações acontece interrupção terapêutica, devido à falta. As gestantes do estudo, a maioria (5) realizava aquisição da medicação a nível terciário pelo Hospital Geral de Fortaleza e através do componente especializado (3), dessa forma o SUS após averiguações de preços pelo Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais (SIASG), tomou a decisão de incorporar a enoxaparina sódica (40mg/0,4 mL) tendo como objetivo tratar as gestantes com trombofilias. Conclui-se que o cuidado farmacêutico é de grande relevância clínica, pois através de possíveis orientações são acarretadas diversas contribuições na saúde da gestante, orientações essas baseadas em educação em saúde, promovendo o fornecimento de informações visando a promoção, recuperação do quadro clínico.

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ISSN: 2358-9124

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