EXCIPIENTES USADOS NA MANIPULAÇÃO DE FORMULAÇÕES PEDIÁTRICAS
Resumo
A população pediátrica é caracterizada como sendo uma população jovem e vulnerável, com algumas limitações e dependência dos adultos. Mas o que não pode servir como definição é a seguinte descrição: “as crianças são pequenos adultos”. É uma visão errada e despreza totalmente o cuidado e atenção que devemos colocar nesta população. As crianças representam um grupo da população vulnerável, com diferenças de desenvolvimento, fisiológicas e psicológicas em relação aos adultos. A investigação relacionada com a idade e com o desenvolvimento, bem como a disponibilidade de medicamentos adequados, revestem-se, por isso, de particular importância. Diferenças nos mecanismos de absorção, distribuição, metabolismo e eliminação em relação ao adulto e entre a própria população pediátrica, podem afetar a escolha da forma farmacêutica, dosagens, formulações e vias de administração. O presente trabalho tem como objetivo explanar os excipientes das formulações em manipulados na pediatria mais frequentemente relatados na literatura. Foi realizada uma revisão de literatura entre os meses de outubro e novembro de 2018, com consulta de artigos científicos publicados nos últimos 10 anos (2008 – 2017) nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (Scielo) e PubMed. A referida seleção foi baseada nos seguintes descritores da BVS: “Farmacotécnica”, “Excipientes” e “Pediatria”. Dez artigos atendiam aos critérios de inclusão e foram incluídos no trabalho. Existem muitas lacunas na formulação das formas farmacêuticas e muitos desafios para a indústria farmacêutica resolver. Estes incluem: volumes e tamanhos das formas farmacêuticas; segurança, por exemplo, risco de aspiração ou asfixia para formas farmacêuticas sólidas; excipientes e a sua aceitabilidade e sabor das preparações. Dentre os excipientes mais utilizados nas formulações pediátricas destacam-se: Conservantes: álcool benzílico, ácido benzoico/ benzoato de sódio, ácido lático, propilenoglicol. Edulcorantes: sacarose, frutose, sorbitol, xilitol, aspartame. Diluentes e Solventes: lactose, etanol. Corantes: armarelo de tartrazina, amarelo crepúsculo. Diante disso, com o desenvolvimento desse estudo foi concluído que o desenvolvimento de medicamentos pediátricos, particularmente para os mais novos, recém-nascidos e lactentes, pode ser realmente desafiante para o farmacêutico. A informação disponível sobre a aceitabilidade das diferentes formas farmacêuticas e o seu tamanho, quanto aos excipientes utilizados, doses/volumes, vias de administração e excipientes em relação à idade e o desenvolvimento da criança, mostra ser bastante limitado.
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PDFISSN: 2358-9124
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