O USO DE ESTIMULANTES CEREBRAIS POR ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS: REVISÃO DE LITERATURA
Resumo
Estimulantes cerebrais consistem em substâncias capazes de aumentar a capacidade cognitiva e concentração, estimulando as regiões cerebrais responsáveis por tais funções, sendo indicados como tratamento farmacológico para pacientes que possuem déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Segundo Schmidek e colaboradores, o TDAH trata-se de um transtorno envolvendo condições neurológicas devidos fatores genéticos ou ambientais, sendo diagnosticado logo na infância ou adolescência. Muitas vezes os estimulantes são utilizados em pacientes saudáveis apenas para aprimorar a capacidade de concentração, e, obtenção de melhores resultados diante o período acadêmico. Com isso, o estudo tem como objetivo verificar o uso de estimulantes cerebrais por estudantes universitários. Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, tendo como bases de dados utilizadas: LILACS, SciELO, MEDLINE e BVS, das quais após sistematização para a elaboração do estudo, foram selecionadas 06 publicações que são detalhadas nesse assunto. Através dos resultados foi possível comprovar o real uso de tais substâncias por estudantes universitários. Segundo os estudos de Morgan e coautores, dentre os estimulantes utilizados verificou-se a prevalência de cafeína, bebidas energéticas e Metilfenidato (ritalina®). Nos estudos de Cordeiro e Pinto, foi notório o uso de estimulantes em estudantes da área da saúde, que relatam fazer uso de tais substâncias, com a intenção de aumentar a capacidade cognitiva, dentre estes, muitos estudantes, com idade entre 18 e 25 anos, utilizam o Metilfenidato para melhoria de desempenho na área acadêmica por conta da maior concentração resultante de seu uso. Isso ocorre, principalmente, pela cobrança excessiva de bom rendimento no ambiente acadêmico. Foi possível concluir então que a maioria dos estudantes acadêmicos usam os estimulantes na tentativa de aumentar a cognição e concentração, e isso é um achado preocupante, principalmente pelos riscos que o consumo de tais estimulantes pode acarretar ao estudante, principalmente o metilfenidato, quando utilizado de forma indiscriminada. Destaca-se a necessidade do acompanhamento psicológico dos estudantes de ensino superior, como forma de dar o devido amparo, para que os mesmos se sintam menos pressionados e mais confortáveis no ambiente acadêmico.
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PDFISSN: 2358-9124
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