TERAPIA HEMODIALÍTICA SOB UMA ABORDAGEM FARMACOECONÔMICA E FARMACOTERAPÊUTICA
Resumo
A Insuficiência Renal Crônica é a perda lenta e continuada do funcionamento dos rins de forma progressiva e irreversível. A IRC pode ocasionar várias alterações metabólicas, inclusive na biotransformação e eliminação de fármacos. Salienta-se que a terapia hemodialítica também altera biodisponibilidade e efeitos de fármacos, muitas vezes usados nesses pacientes em diversas situações para o controle da doença renal e suas repercussões. A farmacoeconomia se insere nesse contexto, uma vez que pode fornecer dados que subsidiam a aquisição de medicamentos com maior relação custo/benefício/efetividade, implementando a viabilidade econômica da hemodiálise dentro do sistema de saúde a fim de aperfeiçoar gastos sem que haja um prejuízo ao paciente em que haja uma melhora na qualidade de vida do paciente portador desta doença. Este estudo terá como objetivo avaliar o custo associado à terapia hemodialítica e seus tratamentos auxiliares em pacientes renais crônicos financiados pelo SUS, bem como realizar acompanhamento farmacoterapêutico desses pacientes identificando possíveis PRMs. O presente trabalho será um estudo transversal, observacional, descritivo de natureza quantitativa. Trata-se de um levantamento documental acerca da terapia hemodialítica. Os dados serão obtidos através de análise de prontuários e registros documentais presentes no serviço de acompanhamento dos pacientes no Centro de Hemodiálise Dr. José Fernandes. O critério de inclusão consiste em pacientes renais crônicos acima de 18 anos que fazem tratamento de hemodiálise e são acompanhados no centro de referência, e como exclusão será aqueles pacientes não cadastrados no Centro de Nefrologia Dr. José Fernandes ou que apresentem prontuários com informações incompletas. A pesquisa será realizada no Centro de Nefrologia Dr. José Fernandes, localizada na cidade de Crateús, no Sertão dos Crateús, no período de Janeiro à Junho de 2019. Estudos realizados em Centros de Nefrologias demonstraram que 50% dos pacientes que se encontravam em terapia hemodialítica não seguiam o horário recomendado para uso da medicação prescrita pelo médico, muitas vezes por esquecimento ou não adesão correta ao tratamento por falta de informações. Já os demais, mantinham assiduamente o horário. O principal risco identificado foi à redução da efetividade terapêutica que ocorre na absorção quando há a administração concomitante desses medicamentos. Diante disto, o acompanhamento farmacoterapêutico dos portadores da doença renal crônica é de grande valia, uma vez que, irá contribuir na adesão ao tratamento, minimização dos PRMs e fornecimento de informações sobre a terapia, facilitando a adesão ao tratamento hemodialítico e farmacológico, melhorando assim a qualidade de vida dos pacientes portadores de Insuficiência Renal Crônica.
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PDFISSN: 2358-9124
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