FATORES DE RISCO CARDIOVASCULARES E INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM PACIENTES IDOSOS

Ermeson Olavo Pereira Pinheiro, Karla Bruna Nogueira Torres Barros

Resumo


Diversos fatores de risco contribuem para a progressão das Doenças Cardiovasculares (DCVs), classificados como fatores modificáveis e não modificáveis. A presença desses fatores eleva o risco do idoso desenvolver algum problema cardiovascular junto as outras comorbidades que os acompanham. As Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNTs) são tratadas com medicamentos diversos, expondo o idoso a um risco de reações adversas e interações medicamentosas. O elevado padrão de consumo de medicamento em associação com as patologias e as mudanças naturais do organismo contribui para o aparecimento de reações adversas e interações medicamentosas com graves acometimentos em pacientes idosos. O estudo objetivou identificar os fatores de risco cardiovasculares e as interações medicamentosas mais importantes nos idosos acompanhados pela Unidade Básica de Saúde (UBS) do Centro I do município de Quixadá/CE. A pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do Centro Universitário Católica de Quixadá, aprovada com o parecer nº 27948914600005046. A pesquisa foi realizada com 49 idosos assistidos por uma equipe da Estratégia Saúde da Família (ESF) acompanhados pela UBS. Do total de idosos participantes, 67% eram mulheres e 33% homens, tendo como fatores de risco mais prevalentes HAS (44,90%), tabagismo (36,73%), sedentarismo (95,90%), obesidade (40,81%), RCQ (71,43%) e C.A (71,43%). Os medicamentos que apresentaram mais interações foram aspirina (11%), captopril (14%) e hidroclorotiazida (15%). Foram encontradas 58 interações medicamentosas com intensidade leve (15,52%), moderada (77,58%) e grave (6,9%). As interações graves ocorreram com fármacos das classes de anti-hipertensivos, anti-agregante plaquetário, inibidores da bomba de prótons e os hipolipidemiantes. Nos 49 pacientes participantes foi encontrado um total de 122 medicamentos, destes, 11 idosos (22,45%) utilizam apenas 1 medicamento para seus problemas de saúde, 15 idosos (30,61%) utilizam 2 ou 3 medicamentos, 5 idosos (10,20%) utilizam 4 medicamentos e 9 idosos (18,37%) fazem uso de 5 ou mais medicamentos. No entanto, 9 idosos (18,37%) não utilizam nenhum medicamento, por não apresentarem nenhum problema de saúde, embora estes idosos sejam acompanhados pela equipe da Estratégia da Saúde da Família (ESF). Diante disso, o conhecimento clínico do Farmacêutico surge como uma importante ferramenta para reduzir os riscos de interações medicamentosas nos idosos em politerapia evitando reações adversas e resposta iatrogênica realizando o acompanhamento e Assistência Farmacêutica para redução das possíveis interações medicamentosas e dos fatores de risco cardiovasculares.

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ISSN: 2358-9124

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