PERFIL CLÍNICO E LABORATORIAL DE CRIANÇAS HIV POSITIVAS ATENDIDAS EM UM SAE

Iranir Sâmya de Sousa Raulino, Edmir Geraldo de Siqueira Fraga, Izabel Cristina Justino Bandeira

Resumo


A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), esse vírus é responsável pelo comprometimento do sistema imunológico do hospedeiro, sendo essa a principal característica dessa síndrome. A infecção de crianças pelo HIV, acontece principalmente por via vertical e representa um sério problema para a saúde, visto que o sistema imunológico destas é imaturo e consequentemente mais susceptível a complicações, a fim de evitar essas complicações torna-se necessário o acompanhamento clínico e laboratorial desses pacientes de forma integral e contínua. Dessa forma, esse estudo teve como objetivo relacionar os parâmetros laboratoriais e clínicos das crianças infectadas pelo HIV no Serviço de Assistência Especializada (SAE) em HIV/Aids do município de Quixadá-CE. Estudo de natureza transversal, documental, observacional, retrospectiva, descritiva, com abordagem quantitativa e qualitativa. A pesquisa foi realizada no Serviço Assistência Especializada em HIV/AIDS (SAE) Do Município de Quixadá/CE, mediante os prontuários pediátricos dos pacientes atendidos nesse local entre abril e maio de 2019. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do Centro Universitário Católica de Quixadá, aprovada com o parecer nº 3.313.430. A pesquisa foi realizada com todas as 7 crianças assistidas pelo SAE. Do total de pacientes pediátricos 42,8% eram do sexo feminino e 28,5% do masculino, a maior parte das crianças foram infectadas por transmissão vertical (57,1%). De acordo com a contagem de TCD4+, 57,1% desses pacientes apresentaram alteração imunológica ausente, e, apenas 1 (14,3%) apresentou alteração imunológica grave, porém, apesar disso, sinais e sintomas foram observados. Os que tiveram maior prevalência foram febre, tosse, gripe, otite e piodermite, além dessas algumas crianças tinham manifestações clínicas mais graves como: encefalopatia, pneumonia, linfadenopatia e herpes, classificando assim 42,8% dos pacientes na categoria assintomática (N) e 42,8% na categoria moderada (B). Assim, a definição do perfil clínico e imunológico do grupo estudado foi significativo pois, através dele, é possível esclarecer pacientes, familiares e profissionais de saúde sobre a relevância da assistência clínica e laboratorial para evitar complicações referentes a infecção pelo HIV de forma a melhorar a qualidade de vida das crianças soropositivas.

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ISSN: 2358-9124

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