OS JOVENS ADMINISTRADORES E O MERCADO DE TRABALHO: NO CASO DE CABINDA-ANGOLA (2012-2017)

ROSÁRIO JOÃO FERNANDO QUIALA

Resumo


O presente trabalho propõe mostrar uma perspectiva de análise, descrição e identificação das dificuldades dos jovens administradores ao serem inseridos no mercado de trabalho na província de cabinda em Angola. Os mecanismos práticos da teoria de desenvolvimento da pós-guerra no país, teve seu início no ano de 2002 com o objetivo de introduzir políticas públicas nos aparelhos do estado, e desse modo usa-las para promover uma mudança fundamental e estrutural, na reconstrução da identidade social, cultural e econômica da sociedade angolana. Diante dessas variadas definições bibliográficas podemos observar que, o mercado de trabalho, é um ambiente onde se desenvolve a interação entre os empregadores e a classe trabalhadora, assim também como a relação entre as contratações e as demissões. Ainda, é importante falar que, o mercado de trabalho é um lugar onde as ofertas e as demandas de vagas de empregos se encontram e com isto, podemos observar que essa expressão é utilizada para determinar as variadas formas de trabalho que possam existir neste ambiente. Sendo assim o mercado de trabalho, vem a ser o produto pelo qual os compradores (empregadores) procuram adquirir e os vendedores (trabalhadores), atuam para vender suas forças do ofício. O principal objetivo deste trabalho, visou, identificar as dificuldades que os jovens enfrentam para conseguir uma vaga de emprego, assim como, descrever ações que desenvolvam competências técnicas e comportamentais que o mercado de trabalho mais valoriza, no ato da contratação do emprego. Dados da conjuntura populacional do Instituto Nacional de Estatística de Angola (INE), revisão 2020, apontam que em 2012 a população angolana era de 20.609.294 habitantes. O censo realizado em 2014, apontou a população aumentou para 25,789,024 habitantes dos quais 51,5% era do sexo feminino e 48,5% do sexo masculino, tendo neste período um crescimento de 5,17 milhões de pessoas em um intervalo de 2 anos. O grande desafio enfrentado pelas políticas de criação de emprego neste período, surpreendeu-se com a crise econômica de 2014, fase em que ocorreu a queda do barril do petróleo no mercado internacional, e as sanções impostas pelos Estados Unidos da América, sobre a circulação e a retirada do dólar Norte americano no mercado angolano. O desafio de criação de emprego manteve-se com maior ênfase em jovens com deficiências físicas, que até o ano de 2012 não existia de fato uma política fixa que contemplasse a situação desses jovens cadeirantes para terem acesso ao mercado de trabalho, se de algum modo existiu, então não se aplicava efetivamente a eles. Percebe-se que apesar dos mecanismos práticos da teoria de desenvolvimento da pós-guerra tentarem inserir políticas públicas para pretender mudanças na sociedade angolana, alguns fatores como o crescimento populacional e a crise econômica de 2014 ocasionaram nas dificuldades de geração de emprego para jovens. Conclui-se que as ações do estado de qualidades são fundamentais para gerar empregos.

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ISSN: 2446-6042

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