USO DO MEDICAMENTO IVERMECTINA NA PROFILAXIA E TRATAMENTO DO SARS-COV-2

José Jonas de Araújo Martins, Francisca Tassiana Mendes Saraiva, Cinara Vidal Pessoa

Resumo


Desde o início da epidemia, na China, tem-se buscado formas de tratamento que visem eliminar o SARS-CoV-2 ou atenuar os sintomas e a gravidade da COVID-19. Essas buscas se acentuaram depois do estado de pandemia. A Ivermectina, medicamento antiparasitário já disponível em todo o mundo é um derivado semi-sintético da avermectina B1, apresenta amplos espectro, foi aprovado pela Food and Drug Administration (FDA) e mostrou ter atividade antiviral contra uma ampla gama de vírus in vitro, juntamente com outros grupos de medicamentos. Ensaios clínicos cautelados e controlados, precisam ser realizados para que esse medicamento seja elegível no tratamento da COVID-19. Dentre os efeitos colaterais da ivermectina, estão reações dermatológicas, gástricas, neuromusculares e cardiovasculares, desta forma, o seu uso em pacientes com doenças neurológicas, musculares e miocárdicas, prévias, deve ser analisado com maior cautela. Sendo assim, o estudo objetiva revisar na literatura científica sobre o uso do medicamento antiparasitário ivermectina como profilático e no tratamento do SARS-Cov-2. O presente estudo utilizou como método a revisão narrativa da literatura, realizada no período de abril a junhode 2021. A estratégia de busca foi pesquisar no Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS); e Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), utilizando os seguintes descritores em português: ivermectina; pandemia; profilaxia; SARS-Cov-2; e tratamento. O uso de medicamento que não têm sua eficácia comprovada merece uma atenção redobrada, como é o caso da Ivermectina, que teve efetividade nos resultados in vitro, mas que ainda não foram constatados em humanos. Sem contar ainda que os resultados de estudos realizados in vitro, mostram uma dose tão superior a convencionalmente utilizada para as doenças já conhecidas, como é o caso da escabiose, que ainda não se pode prever quais efeitos esta dosagem superior traria ao seu humano. Desta forma, o farmacêutico clínico hospitalar, como o que atua nas farmácias comunitárias, apresenta papel imprescindível para orientação da população e dos profissionais e ajuda a promover o Uso Racional de Medicamento, bem como o combate contra as fakes news que envolvem a doença, além de diagnosticar e notificar possíveis casos sintomáticos.

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ISSN: 2446-6042

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