ENXERTO ÓSSEO SECUNDÁRIO AUTÓGENO DE CRISTA ILÍACA NA RECONSTRUÇÃO DO PROCESSO ALVEOLAR EM PORTADORES DE FISSURA LABIOPALATINA

Girlane Pereira Oliveira, Julia Maria Benites de Jesus, Wailton Magalhães da Silva Junior, Jener Gonçalves de Farias

Resumo


As fissuras labiopalatais se caracterizam como uma má formação congênita, na qual, durante o crescimento do feto ocorre distúrbio na fusão normal, resultando assim na formação de fendas, constituindo o defeito craniofacial mais prevalente na espécie humana. As cirurgias plásticas primárias, queiloplastia e palatoplastia, reparam o defeito no tecido mole, lábio e palato, porém deixam uma fissura alveolar residual. Um dos procedimentos cirúrgicos realizados para sua correção é o enxerto ósseo na região alveolar, que, de acordo com o momento da sua realização, pode ser dividido em técnica de enxerto ósseo primário, secundário ou terciário. Sendo a técnica de enxerto ósseo alveolar secundário (EOAS), a fase que possui maior chance de sucesso. O EOAS é realizado juntamente com o tratamento ortodôntico durante o período de dentição mista, e antes da erupção do canino permanente. A crista do osso ilíaco é a área doadora mais comumente empregada, e tem sido considerada padrão-ouro nos EOAS em virtude de alguns fatores como, facilidade de acesso para obtenção do enxerto, quantidade suficiente e bom resultado pós-operatório. O EOAS na região da fissura, corrige a comunicação buco-nasal, melhora o suporte ósseo aos dentes adjacentes e ao canino não irrompido, apoio para a asa do nariz e facilidade no tratamento ortodôntico. Com isso, conclui-se que a técnica do EOAS utilizando enxerto ósseo autógeno da crista ilíaca é atualmente o procedimento de correção mais indicado para defeito ósseo alveolar em pacientes labiofissurados proporcionando excelentes resultados.

Texto completo:

PDF


Direitos autorais 2021 Jornada Odontológica dos Acadêmicos da Católica