EFICIÊNCIA DO TAN NO CONTROLE DO CHOQUE HIPOVOLÊMICO NO PUERPÉRIO IMEDIATO: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Dara Barbosa dos Santos, Francisca Ingridy de Queiroz Silva, Luana de Souza Fernandes, Naiane Maria de Sousa, Liene Ribeiro de Lima

Resumo


A Hemorragia Pós-Parto (HPP) vêm sendo a segunda maior causa de mortalidade materna em todo o mundo, estando dentro dos indicadores e das condições de vida e assistência em saúde de uma população, em que quase todas as mortalidades podem ser evitadas, quando ocorre o devido treinamento dos profissionais. Identificar, por meio da literatura científica, a eficiência do TAN na prevenção do choque hipovolêmico no puerpério imediato. Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica de caráter exploratório realizada através dos bancos de dados científico SciELO e BVS, pelo cruzamento dos descritores de Ciência em Saúde (Decs) Hemorragia pós-parto, Choque e Trajes Gravitacionais. Os critérios de inclusão foram: artigos publicados no período de 2007 a 2017, ser completo, domínio público e língua portuguesa. No entanto, foram excluídos os artigos com duplicidade. Foram encontrados 15 artigos, mas permaneceram 07 artigos que atenderam aos critérios de inclusão e exclusão. O trajeanticho que não-pneumático (TAN), trata-se de uma vestimenta, recoberta por neoporene com fixadores em velcro, sendo um dispositivo de compressão de primeiros socorros, que em conjunto com os protocolos de choque hipovolêmico padrão, traz benefícios e melhora o desfecho de mulheres com choque hipovolêmico secundário a hemorragia obstétrica em instituições terciárias. O TAN deve ser colocado de forma sequencial, iniciando nos segmentos 1 (tornozelo), 2, 3 (membros inferiores), 4 (pélvico), e segmentos 5 e 6 (abdominais), devendo ser colocado por uma ou duas pessoas, conferindo-se o posicionamento adequado de cada segmento de acordo com a aplicação. O TAN vai agir aplicando uma pressão circunferencial de 20-40 mmHg, causando compressão dos vasos abdominais, pélvicos e dos membros inferiores, a fim de redirecionar o fluxo para órgãos nobres.A utilização do TAN diminui o sangramento, assim como a necessidade de transfusão e intervenção cirúrgica, facilitando a ressuscitação volêmica, permitindo a transferência da paciente, o acesso venoso e intervenção no segundo tempo. Para retirá-lo necessita-se de muitos cuidados, pois a remoção abrupta e inconsequente poderá levar a paciente à um novo quadro de choque. Deve-se removê-lo sob monitoramento rigoroso e contínuo, esperando um intervalo de 20 minutos entre a retirada de cada segmento observando se a paciente se mantém estável. Percebeu-se o potencial da utilização do TAN em mulheres com choque hipovolêmico sendo grande seu custo-benefício. Pôde-se perceber que além da diminuição do sangramento, aumentam a taxa de sobrevivência das pacientes, possibilitando uma recuperação mais rápida, porém ainda é pouco utilizado.

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