MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO PARA DETECÇÃO DE ALTERAÇÕES HISTOLÓGICAS NEURAIS DECORRENTES DO ALZHEIMER

Resumo

A doença de Alzheimer é a patologia mais frequente associada à idade, cujas manifestações cognitivas e neuropsiquiátricas resultam em uma eventual incapacitação. Em geral, a primeira manifestação clínica é a deficiência da memória recente, além das dificuldades de atenção e fluência verbal, outras funções cognitivas passam a ser comprometidas à medida que a patologia evolui. Observa-se em exames de neuroimagem e na autópsia que há atrofia das regiões corticais, especialmente na parte medial do lobo temporal e nas áreas de associação dos lobos frontal e parietal. O peso do encéfalo em exame de autópsia apresenta uma redução cerca de 15 a 35%. No exame microscópio o tecido nervoso apresenta sinais do envelhecimento normal, mas com intensidade mais evoluída que o esperado. Registra-se redução do número de neurônios, das ramificações dendríticas e das sinapses, além da formação de placas senis e emaranhados neurofibriliares. No entanto, com o passar dos anos e da ciência se fez necessário o aprimoramento e novos avanços na pesquisa da doença de Alzheimer o que acarretou uma mudança em sua compreensão. Nos critérios de 1984 obrigatoriamente, era necessário ocorrer sintomas de esquecimentos graves, além de possuir também os sintomas anatomopatológico para realizar o diagnóstico. Nos novos critérios, concluiu-se que não é preciso esquecimentos desde leves a graves para realizar o diagnóstico. Além disso, naquela época os estudos em genética não eram tão atualizados quanto são agora, além dessas mudanças, as novas diretrizes passaram a reconhecer que o início das lesões neuropatológicas ocorre anos ou décadas antes dos primeiros sintomas. A faixa etária normalmente afetada por essa doença aumentou, agora se reconhece pacientes com menos de 40 anos e maiores de 90 de idade. Agora a definição determina que o paciente deva apresentar dois dos seguintes domínios acometidos: declínio da memória, do raciocínio, do manejo de tarefas complexas, do julgamento, da comunicação e alterações na personalidade e comportamento, sem a obrigação de um deles ser deficiência de memória. O estudo trata-se de demonstrar a maneira como era e como é atualmente diagnosticada a doença de Alzheimer. Trata-se de uma revisão bibliográfica com artigos publicados no banco de dados do Pubmed e do Scielo. Foi observado que a quantidade de artigos voltados para o diagnóstico do Alzheimer ainda é precária, pois as grandes maiorias dos hospitais brasileiros ainda utilizam os métodos antigos para a detecção, se faz necessário uma atualização dos serviços e pesquisa.