ALOPECIA AREATA: UMA VISÃO ESTÉTICA E BIBLIOGRÁFICA

Maria Gomes Pereira Gildo, Hudson Pimentel Costa, Dieh Steffano Viriato Sousa, Regiane de Lima Mendonça, Lilian Cortez Sombra Vandesmet

Abstrakt


A queda de cabelo, seja parcial ou completa, é causa de preocupação significativa para homens e mulheres, que a veem como um sinal inestético e visível de envelhecimento. Alopecia areata é uma desordem comum que acomete 1 a 3% dos pacientes que visitam clínicas dermatológica. É uma dermatose inflamatória cuja etiopatogenia envolve fatores imunológicos e genéticos, acometendo mais frequentemente o couro cabeludo, mas pode ocorrer também em outras áreas, como supercílios, cílios, barba e pelos pubianos. A pesquisa tem como objetivo orientar de forma clara e sucinta as etiopatologia e tratamentos da alopecia bem como esclarecer dúvidas dermatológicas envolvendo o assunto. Trata-se de uma revisão bibliográfica onde foram utilizados artigos selecionados nas seguintes bases de dados: Lilas, Pubmed e Scielo entre os anos 2014 à 2017 utilizando as seguintes palavras chaves: alopercia; queda de cabelo; tratamento capilar e estética. O crescimento capilar é um processo complexo que envolve a atividade do folículo piloso e seus ciclos. O ciclo de vida do cabelo descreve a mudança na morfologia do cabelo, e a mudança histológica do folículo ao longo do tempo. Este ciclo verifica-se em todos os pêlos do corpo, embora a duração do ciclo, a duração das fases individuais e o comprimento dos pêlos individuais variem drasticamente de um local para outro do corpo. Podem ser descritas três fases no ciclo: anagénese ou fase de crescimento, em que há uma grande atividade celular e o cabelo cresce ativamente; catagénese ou fase de regressão, onde ocorre uma involução do folículo piloso; telogénese ou fase de repouso, que se caracteriza por ser a fase de desprendimento do cabelo. Em relação ao tratamento para alopécia, deve-se aumentar a cobertura do couro cabeludo e retardar a progressão da queda. A documentação fotográfica padronizada desde o início do tratamento, bem como no seguimento, permite decisões terapêuticas mais apropriadas tanto por parte do profissional responsável como do próprio paciente. Medidas gerais como exclusão do uso de medicações que podem causar a queda de cabelo, dieta balanceada, com ingesta adequada de proteínas e ferro, além de tratamento de outras desordens do couro cabeludo, como a dermatite seborreica, são importantes para o sucesso da terapêutica. Controle de peso em pacientes obesas diminui a intolerância à glicose, redução de testosterona livre, melhorando o perfil hormonal. As medidas farmacológicas diferem entre os homens e as mulheres. Duas drogas destacaram-se por apresentar maiores evidências de resultados: finasterida via oral e minoxidil tópico, ambas necessitando de uso crônico para resultados satisfatórios. Nenhuma delas restaura toda a perda capilar.



ISSN: 2526-5237

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