CORRELAÇÃO ENTRE A TERAPÊUTICA DE ANTICONCEPCIONAIS ORAIS E O TROMBOEMBOLISMO

Ávila Rodrigues Nogueira, Bianca Thais Lemos Gomes, Antônia Victoria Trindade Alves, Lilian Cortez Sombra Vandesmet

Abstract


Em 1950, nos Estados Unidos, Margaret Sanger e Katherine McCormick desenvolveram a ideia de inventar uma pílula contra a gravidez que fosse fácil de usar, eficiente e barata. Com a ajuda do cientista Gregory Pincus, a pesquisa foi desenvolvida de forma secreta, já que os contraceptivos estavam proibidos no país. Somente em 1960, foi lançado o novo produto no mercado: o Enovid-10. Nos últimos anos, a mulher desenvolveu maior independência social, financeira, religiosa, política ou sexual. Esta última possibilitou não somente a liberdade mas também um maior controle de natalidade, fazendo com que o mercado de contraceptivos seja amplo, porém o ranking de principais métodos utilizados são a camisinha e anticoncepcionais orais. Eles, também chamados de pílulas anticoncepcionais e são esteroides utilizados isoladamente (progestagênio) ou em associação (progestagênio e estrógeno). Ao ingerir a pílula, são absorvidos pelo intestino e passam à corrente sanguínea doses de hormônios sintéticos semelhantes ao estrógeno e a progesterona são introduzidas no organismo. Desse modo, a hipófise não produz os hormônios FSH (hormônio folículo estimulante) e LH (hormônio luteinizante), já que o cérebro entende que sua produção não é necessária. Assim, o desenvolvimento do folículo ovariano é interrompido nos primeiros estágios de crescimento e nenhum atinge a maturação, não ocorrendo a ovulação. Além disso, há o aumento de substâncias e fatores de pró-coagulação acompanhado da redução dos anticoagulantes naturais do corpo. Esse aumento acarreta trombose venosa profunda, caracterizada pela formação de coágulos no interior das veias, podendo então ocorrer em diferentes lugares do corpo, sendo mais incidente nos membros inferiores. Em casos graves, esse coágulo pode desprender-se dos vasos e seguir pela circulação, acometendo então outro órgão como o coração e pulmão, a embolia. Os principais sintomas da patologia são dores, inchaços e vermelhidão nos locais com trombos, além de falta de ar e tosse. O tratamento da pessoa acometida por tromboembolia deve ser feito o mais rápido possível, consistindo em uso de medicamentos orais ou injetáveis de anticoagulantes. Desse modo, a fim de evitar a tromboembolia, é necessário que o paciente pratique exercícios físicos, não tenha problemas com alcoolismo e tabagismo, além de fazer consultas médicas antes de tomar qualquer tipo de anticoncepcional, tendo em vista que, erroneamente, é vendido em inúmeras farmácias sem prescrição médica. O artigo busca como objetivo discutir sobre a eficácia das pílulas de contracepção e sua relação com processos tromboembólicos, a fim de demonstrar a necessidade da informação sobre o assunto. A coleta de dados ocorreu por meio dos bancos de dados PubMed, Scielo e Lilacs e a análise dos achados intercorreu com base na elaboração de resumos após a leitura de artigos, a partir disso a efetivação da revisão bibliográfica de cada artigo. Foram tidos como referência no total de 30 artigos, os quais 10 seguiram o critério de inclusão, abortando a temática do mesmo. Desse modo, conclui-se que a pesquisa aprofundada sobre métodos contraceptivos orais e seus efeitos a curto e longo prazo é de suma importância tendo em vista sua relação direta com a saúde feminina.



ISSN: 2526-5237

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