ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO E SUA IMPORTÂNCIA NA PREVENÇÃO DE PROBLEMAS RELACIONADOS AO MEDICAMENTO (PRM) EM PACIENTES HOSPITALIZADOS
Resumo
O acompanhamento farmacoterapêutico é definido como uma prática onde o profissional farmacêutico se responsabiliza com as necessidades do paciente no que diz respeito ao medicamento, visando à prevenção, identificação e resolução dos problemas relacionados ao medicamento (PRM), de forma continuada, documentada e sistematizada. O presente estudo tem por objetivo evidenciar o acompanhamento farmacoterapêutico, destacando sua importância na identificação e prevenção de PRM em pacientes hospitalizados. Realizou-se na literatura científica um estudo do tipo exploratório-descritivo, cujas bases de dados utilizadas foram SciELO e Google Acadêmico. Foram selecionados para a pesquisa 05 (cinco) artigos publicados em português entre os anos de 2008 a 2017, estes que abordavam sobre acompanhamento farmacoterapêutico e sua importância para pacientes hospitalizados. E, como critérios de exclusão, trabalhos com duplicidade. PRM são entendidos como problemas clínicos de saúde, decorrente de resultado negativo da farmacoterapia adotada, onde o paciente pode apresentar uma doença, sinal ou sintoma, estão relacionados a causas múltiplas, que interferem ou podem interferir nos resultados esperados, tendo como conseqüência o não alcance do objetivo terapêutico desejado ou surgimento de efeitos indesejáveis. Os PRM são classificados em seis categorias e agrupados de acordo com a sua necessidade, efetividade e segurança. Para a identificação de um PRM, o segmento farmacoterapêutico mais utilizado pelos profissionais farmacêuticos é a metodologia Dáder. É fundamental à presença de um profissional farmacêutico integrado a equipe de saúde em uma instituição hospitalar, atuando desde a avaliação das prescrições, visando identificar possíveis erros de medicação, podendo observar detalhes despercebidos pelo prescritor, verificando e assegurando a efetividade e segurança da farmacoterapia, favorecendo a qualidade do tratamento e minimizando erros na administração de medicamentos, uma vez que muitos erros de medicação ocorrem durante a fase de prescrição e na administração de medicamentos, sendo estes, alguns dos fatores relacionados ao surgimento de possíveis PRM. Assim, o farmacêutico promove maior influência na prescrição e uso adequado do medicamento, podendo junto ao prescritor intervir na farmacoterapia do paciente sempre que necessário. Conclui-se que o acompanhamento farmacoterapêutico em unidade hospitalar é essencial, pois o profissional irá atuar na identificação, prevenção e resolução de potenciais e reais PRM identificados, contribuindo para a segurança do paciente e, conseqüentemente, melhora da sua qualidade de vida. Portanto, é uma prática vantajosa a todos que estão envolvidos no caso clínico, uma vez que, a aliança entre farmacêutico-paciente-equipe de saúde evitará possíveis sofrimentos ao paciente, através da otimização da farmacoterapia, proporcionando o alcance de melhores resultados clínicos. Além disso, evita perdas econômicas hospitalares relacionadas à farmacoterapia. Entretanto, frisa-se que para a intervenção ser aceita é preciso que o médico e o paciente concordem que foi identificado um PRM, para posteriormente iniciarem a ação visando resolvê-la. Aproveitar o potencial clínico que o farmacêutico apresenta, aumenta a qualidade do serviço prestado e melhora dos resultados terapêuticos com as intervenções adequadas.
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PDFISSN: 2358-9124
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