ESTUDOS TRANSVERSAIS SOBRE A MALÁRIA (Plasmodium falciparum): UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Ranieri Sales de Souza Santos, Girlene da Silva Rabelo, Mayra Rafaelly Lemos do Nascimento, José Eduardo de Lima Silva, Regilane Matos da Silva Prado

Resumo


A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários, transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles. As espécies associadas à malária humana são o Plasmodium falciparum, P. vivax, P.malariae e P. ovale. Sua transmissão ocorre por meio da picada de fêmeas infectadas de mosquitos do gênero Anopheles, sendo mais importante a espécie Anopheles darlingi, cujos criadouros preferenciais são coleções de água limpa, quente, sombreada e de baixo fluxo. Após a picada, os parasitos chegam rapidamente ao fígado onde se multiplicam de forma intensa e veloz. Em seguida, já na corrente sangüínea, invadem os glóbulos vermelhos e, em constante multiplicação, começam a destruí-los. A partir desse momento, acorrem os primeiros sintomas da doença que são náuseas, êmese, mal-estar, cefaleia mialgia, calafrios, cansaço, febre alta e sudorese. O quadro clínico da malária pode ser leve, moderado ou grave, na dependência da espécie do parasito, da quantidade de parasitos circulantes, do tempo de doença e do nível de imunidade adquirida pelo paciente. As gestantes, as crianças e os primoinfectados estão sujeitos a maior gravidade, principalmente por infecções pelo P. falciparum, que podem ser letais. O diagnóstico precoce e o tratamento correto e oportuno são os meios mais adequados para reduzir a gravidade e a letalidade por malária. Tendo seu diagnostico clínico de difícil confirmação por ser confundido com outras doenças o mais eficaz a se fazer é o exame laboratorial da doença, pela microscopia da gota espessa de sangue ou por testes rápidos imunocromatográficos. No Brasil a maioria dos casos de malária concentram-se na região Amazônica (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins), onde segundo os dados do ministério de saúde somente no primeiro semestre de 2018, foram registrados 35.841 casos de malária, sendo 3.882 casos registrados por P. falciparum. As atividades de controle vetorial de malária são complementares ao diagnóstico e tratamento, sendo desenvolvido, preferencialmente, na esfera municipal e tendo como objetivo principal reduzir o risco de transmissão, prevenindo a ocorrência de epidemias. A pesquisa tem como objetivo apresentar uma abordagem sobre a malária, revisando seus aspectos morfológicos, transmissão, epidemiologia, patogenia, quadro clínico, diagnóstico e tratamento da mesma. Trata-se de uma revisão sistemática feita através de busca de artigos escolhidos pelos seguintes descritores: aspectos morfológicos, transmissão, epidemiologia, patogenia, quadro clínico, diagnóstico e tratamento, utilizando as seguintes bases de dados: PubMeD, Scielo e DATASUS. Conclui-se que o uso de produtos quimioterápicos e quimioprofiláticos no combate à malária representa um dos métodos eficazes na eliminação do parasita. Sabe-se, no entanto, que os plasmódios e, em especial o Plasmodium falciparum, que é o mais letal, está desenvolvendo resistência às drogas clássicas antimaláricas, num espaço de tempo muito curto. Além disso, estudos recentes comprovam que as microesferas de alginato e quitosana quando reticuladas com epicloridrina em condições específicas mostram-se potenciais carreadores de fármaco antimaláricos.

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ISSN: 2358-9124

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