INTOXICAÇÃO POR MEDICAMENTOS EM CRIANÇAS NO ESTADO DO CEARÁ

Marcella Saldanha de Sousa, John Elvys Silva da Silveira, Dalila Leite Saldanha, Sara Karine Martins Silva, Isabel Cristina Oliveira de Morais

Resumo


As intoxicações por medicamentos na infância se constituem como uma das mais frequentes emergências toxicológicas e sua ocorrência envolve múltiplos fatores. No Brasil, as informações sobre intoxicação são registradas no Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINITOX). No ano de 2016 foram registrados 8.224 casos de intoxicações por medicamentos em crianças, correspondendo a 40% do total de casos. O presente estudo tem como objetivo realizar uma análise bibliográfica sobre as intoxicações por medicamentos em crianças no estado do Ceará. Trata-se de um estudo bibliográfico, do tipo exploratório-descritivo, através da realização de uma busca nas seguintes bases de dados científicos: Scielo e BVS, utilizando os seguintes descritores: Crianças, Envenenamento, Uso indevido de Medicamentos. A busca teve como critérios de inclusão: artigos publicados entre os anos de 2013 a 2017, serem completos e de domínio público. Foram encontrados 10 artigos, mas apenas 5 compuseram o resumo após a leitura. No Ceará, os medicamentos são os principais causadores de intoxicações em crianças. A principal circunstância da intoxicação é acidental, a faixa etária mais acometida é de 1 a 4 anos e a maioria dos casos ocorrem na própria residência. Os meses com maior número de casos são janeiro e fevereiro. Esses meses são reconhecidos como período de férias escolares, portanto, resultam em maior permanência dessas crianças e adolescentes em suas residências. As crianças são mais vulneráveis as intoxicações acidentais por medicamentos, pois se encontram num estágio de crescimento e desenvolvimento, no qual estão constantemente explorando e investigando o mundo ao seu redor. Por terem esse comportamento acabam se expondo a muitos riscos, principalmente a ingestão de produtos potencialmente tóxicos. Na medida em que a curiosidade, mobilidade e capacidade aumentam, elas podem alcançar medicamentos, produtos domiciliares e outros produtos químicos que estejam armazenados ao seu alcance. Diante disto, faz-se necessário fortalecer a educação em saúde com as famílias, alertando sobre ter um maior monitoramento com as crianças, principalmente na idade em que a curiosidade é acentuada para as novas descobertas. É importante também que os profissionais de saúde insistam na conscientização, orientação e demais cuidados quanto ao uso de determinados medicamentos, focando nas medidas de prevenção e primeiros socorros.

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ISSN: 2358-9124

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