FARMACÊUTICO CLÍNICO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA E O IMPACTO NA SEGURANÇA DO PACIENTE
Resumo
As Unidades de Terapia Intensivas (UTI) são destinadas ao atendimento de pacientes críticos e especializados, e apresentam alto risco para erros de medicação devido à necessidade da ampla prescrição medicamentosa, ficando ainda mais susceptível a erros relacionados a medicamentos. As taxas de morbidades e mortalidades em UTIs são significativas em pacientes com tratamentos ineficazes e inadequados. A farmácia clínica tem a finalidade de promover a saúde, prevenir e monitorar eventos adversos para a obtenção de resultados clínicos positivos, melhorando a qualidade de vida dos pacientes. Objetivou-se verificar a contribuição do farmacêutico e suas intervenções farmacêuticas na segurança do paciente das unidades de terapias intensivas. Trata-se de um estudo bibliográfico do tipo exploratório, transversal, descritivo com abordagem quantitativa, utilizando-se os bancos de dados SCIELO e GOOGLE ACADÊMICO. Foram analisados sete artigos em português e inglês publicados entre os anos de 2012 e 2019, que foram encontrados empregando-se as palavras-chave em português: farmacêutico na UTI, segurança do paciente na UTI e intervenções farmacêuticas na UTI, sendo que quatro foram excluídos por não apresentarem dados relevantes sobre a atuação do farmacêutico e três incluídos apresentando resultados da atividade do farmceutico nas unidades de terapia intensiva, usados para compor a base do resumo. O farmacêutico clínico é especialista no uso de medicamentos, e contribui para o cuidado do paciente por revisar e fazer recomendações, racionalizar a terapia medicamentosa com o objetivo de maximizar a segurança e os resultados. Na UTI, são capazes de formar uma ligação entre o médico e o enfermeiro, ter visão geral de todo o processo da prescrição até a administração do medicamento agregando segurança ao paciente no uso do medicamento através de Intervenção Farmacêutica. Em um estudo de revisão de literatura sobre a atuação do farmacêutico clínico em UTI adulto, observou-se que os principais tipos de intervenções foram relacionados a medicamentos alternativos, monitoramento de nível sérico e exames laboratoriais, revisão de dose, via de administração e interações medicamentosas. Em um estudo descritivo transversal, realizado no período de março a dezembro de 2016, os antimicrobianos foram a principal classe de medicamentos envolvidos nas intervenções (38,26%). Uma pesquisa realizada anteriormente demonstrou que farmacêuticos especialistas e devidamente treinados em cuidados intensivos realizaram uma série de intervenções medicamentosas, apresentando uma taxa de aceitação das intervenções pela equipe médica de 71–98,4%. Em dezembro de 2016, um estudo avaliou as atividades do farmacêutico em uma UTI de um hospital público, apresentando um percentual médio de aceitabilidade das intervenções farmacêuticas realizadas de 96,24%. Com os artigos analisados, podemos verificar que as UTIs podem apresentar alto risco de erros de medicação, sendo necessária a atuação do profissional farmacêutico, que é especialista em medicamentos, fazendo as devidas intervenções farmacêuticas da terapia medicamentosa evitando complicações e resultando em uma maior segurança do paciente. Os estudos demonstram que a participação do farmacêutico clinico nas unidades de terapia intensiva contribuem para a segurança do paciente, evitando interações medicamentosas e reações adversas a medicamentos que possam prejudicar o tratamento do paciente.
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PDFISSN: 2358-9124
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