MÉTODOS DE APRENDIZAGEM NO ENSINO DE QUÍMICA PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIAVISUAL

Francisca Tassiana Mendes Saraiva, José Jonas de Araújo Martins, Maísa Benevides Cavalcante, Karla Bruna Nogueira Torres Barros

Resumo


A cegueira é uma deficiência visual, uma limitação da visão, e uma forma de apreensão do mundo externo. Apesar de apresentarem este sentido prejudicado, as pessoas cegas têm capacidade cognitiva igual a qualquer outro indivíduo, desde que esteja sob condições adequadas. Porém é necessário a criação de ambientes com profissionais capacitados e minuciosamente planejado para receber pessoas com tal limitação. Dados do IBGE apontam que a maioria das pessoas com 15 anos ou mais que apresentam esse tipo de deficiência, não tem instrução ou não cursou o ensino fundamental completo. Um dado ainda menor aponta que apenas 6,7% dessas pessoas cursou o ensino superior completo. Pode-se perceber que as pessoas com cegueira, muitas vezes não cursam o ensino médio, e que a visão é grande responsável para adquirir conhecimento. É então evidente que em uma disciplina que exige bastante exatidão e precisão nos resultados, como é o caso da química, as dificuldades de aprendizado sejam ainda maiores. Visando esses dados e as dificuldades apresentadas para que tais pessoas tenham um ensino de química de forma segura e eficaz, a literatura demostra que já foram elaboradas técnicas de aprendizagem visando a superação das dificuldades no ensino médio de química para pessoas com deficiência e assim promover sua inclusão social. Por esse motivo, o objetivo desse estudo é o desenvolvimento de novas metodologias mais efetivas de ensino. Assim, faz-se necessário a adaptação dos equipamentos para melhorar o manuseio dos deficientes. Trata-se de uma pesquisa de caráter descritivo, em que objetivo é descrever experiências de um estudo realizado, e exploratório, ou seja, o tema ainda é pouco conhecido ou pouco explorado. Permitindo uma maior familiaridade entre o pesquisador e o tema pesquisado, orientando assim, a fixação dos objetivos e a formulação das hipóteses. Portanto, essa pesquisa está dividida em dois processos, desenvolver a construção de materiais para trabalhar em dois âmbitos, no ambiente da sala de aula, e também no laboratório. Na sala de aula esse processo se dará com a produção de uma “apostila imaginativa”, com conteúdos específicos, contendo protuberâncias na folha para mostrar a noção da estrutura de um átomo, por exemplo. Organizar as cadeiras da sala de aula em círculos, com a divisão de vários grupos. Assim, sempre haverá atenção para os deficientes. Dessa forma, eles se sentirão mais à vontade no momento da aula e não ficarão intimidados para fazer algum questionamento no caso de dúvidas. Construção de objetos utilizando materiais artesanais, como isopor, para demonstrar a “vida microscópica”, estudada em química através do tato dos alunos. E no laboratório haverá a adaptação o menisco de vidrarias volumétricas para exploração do tato dos deficientes, como também a construção de uma balança adaptada. Portanto, pode-se concluir que as pessoas com cegueira podem desenvolver muito bem os demais sentidos, podendo usar isso para favorecer o seu aprendizado, utilizando sua audição e tato para que possam compreender os conteúdos de outras formas.

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ISSN: 2358-9124

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